sexta-feira, 9 de abril de 2010

O fim do início de uma jornada...

Bom, eu sei que a pouco tempo publiquei um post, mas esse aqui precisa de uma atenção especial. Com toda essa correria de aeroporto, cheguei a algumas conclusões que vou citar aqui como,digamos, um guia:

primeiro: Não confie no número do portão indicado no bilhete de passagem. Jamais! Eles são meros números de caráter exclusivamente decorativos, escritos por pessoas com cargos que também deveriam ser assim considerados. Mais uma vez: Leia o número do portão de embarque. Agora que leu, esqueça-o! Poupe espaço no seu cérebro para memorizar um telefone de emergência, por exemplo.
Segundo: Decore o seu nome. Esse sim você deve saber muito bem, caso você passe pela mesma situação que passei quando o meu foi anunciado no sistema de som do aeroporto: Rafael
Januário, essa é a sua última chamada para o embarque no vôo com destino a Nova York. Rafael Januário! Última chamada, por favor compareça ao portão 4B. (lembra do número do portão no bilhete de passagem? Eu confiei no idiota)
Terceiro: Já que você tem pernas, trate de usá-las! Corra o máximo que puder até encontrar o portão correto para o embarque.

Simples asism! Se você seguir essas três dicas, sua vida será muito mais tranquila.


Bom, mas após o drama de quase ter perdido o vôo e ainda assim estar fazendo gracinha da situação (por mais que na hora não tivesse sido nada engraçado, visto a expressão de pavor mórbido estampada na minha face), aqui estou eu, são e salvo e bem alojado na minha nova casa, em Kona, Hawaii! Mas, vamos voltar ao início para ficar bem expricaaado.

Depois das aproximadamente 10 horas de viagem até nova iorque, cheguei naquilo que parecia uma versão ao vivo dos filmes de Hollywood. A cidade, vista de cima, não pode ser melhor descrita como: O que muito dinheiro não é capaz de fazer! Tudo parecia perfeito, quase até de mentira. Todas as casas tinha piscinas, arvorezinhas e carros brilhantes no quintal. Um exemplo vivo de extrema prosperidade. No aeroporto então, era impossível ser mais americano. Eu sei que esse comentário é idiota, mas era realmente estranho ver todas as pessoas falando inglês, assistindo notícias na CNN sobre os escândulos sexuais do Tiger Woods, tomando Starbucks e comendo McDonnald's. Tem como ser mais americano do que isso? É estranho, não sabia que os americanos eram tão... americanos! Se não está fazendo sentido, abstraia. É que realmente foi pra mim uma experiência singular. Bom, saindo de Nova Iorque, mais seis horas de vôo até Los Angeles. O grande destaque nesse longo trajeto, onde sobrevoei vários estados país, foi o Grand Canyon. Disso os americanos não podem se orgulhar, porque não foram eles que construíram. Pensem em uma fenda gigante no meio do nada. Digo, gigante! Realmente tive que entortar meu pescoço várias vezes na micro janela do avião para apreciar aquela coisa rachada no chão. Realmente lindo! Chegando em Los Angeles, pra variar, a mesma sensação anterior: Como é possível existir tanta gente rica em tão pouco espaço. Saindo de Los Angeles, mais seis horas de vôo. A essa altura as minhas costas, o meu pescoço e... bom, meu corpo todo já clamava por uma cama. Porém, ao chegar no Havaí, a tensão toda acabou valendo a pena. Depois de sobrevoar horas e horas o oceano pacífico sem um único sinal de uma vivalma, aparece bem a nossa frente uma ilha... pausa... GIGANTE! Sério, no mapa parece pequeninha. Mas a ilha do Havaí é Gigante! Bom, pelo menos pra mim pareceu. As prais então: Azuzinhas! Não vejo a hora de pular de barriga nelas. O aeroporto parecia de... Na verdade não sei o que parecia, mas era como nenhum outro. Quando desci, uma asiática, para ser mais específico, sul coreana, olha pra mim e pergunta: Você é brasileiro? Meio sem jeito, respondo que sim e descubro que a "sul coreana" era, na verdade, uma brasileira de Curitiba. Mordi minha língua por dizer que nem os brasileiros me reconhecem como tal. Cometi o mesmo erro. Mas começamos a conversar e logo logo tive aquela estranha sensação de me sentir em casa! O clima úmido, o calor, e por incrível que pareça, conversando em portugês. Os vários alunos da Universidade, foram para a van que nos traria até o campus. No caminho fui conversando mais um pouco com o pessoal e apreciando a vista. Diferente de qualquer outra. Em um lado da rua, o solo parecia desértico, no outro tinham flores e plantas de todos os tipos. Muito bonito. Quando tiver fotos mostro pra vocês. Cheguei, fiz os procedimentos iniciais e fui comer. Hambúrguer e batata frita. Acho que era sobre isso que eles queriam dizer no manual do aluno sobre: A alimentação será basicamente comida típica americana. Depois do dinner, aproveitei pra conhecer alguns brasileiros que também estavam na base. Uma delas, inclusive, eu já havia conhecido pessoalmente no Brasil antes de vir pra cá. A outra, nada mais nada menos do que Bráulia Ribeiro. (Tali e Rafa, já falei pra ela que vocês querem conhecê-la pessoalmente). Depois do jantar com vista pro mar, fui arrumar as coisas no quarto. Tomei um banho que jamais vou esquecer. Nem eu aguentava mais o meu cheiro depois de 36 horas nesse processo de viagem. Agora, com todas as roupas no armário e deitado na minha cama escrevendo pra vocês, estou pensando seriamente em dormir. Já me avisaram que a escola que eu estou fazendo, é uma das escolas de segundo nível mais puxadas aqui da universidade. (um minuto de silêncio). Bom, mas quem tá na chuva é pra se molhar! Ou melhor, quem está no Havaí é pra estudar. Eu sei que foi idiota, mas rimou. Estão no meu quarto mais três pessoas: Um camarada de New York, um da Nigéria e um de Buenos Aires... Estou sentindo que vai ser um tempo, com o significado mais clichê da palavra: INESQUECÍVEL!

Acompanhem aqui as minha peripécias. Sempre que conseguir vou atualizar o blog com notícias úmidas e quentinhas do paraíso (como eles chamam o lugar).

Um comentário:

  1. Rafa!!!
    HUAUAHUAHUAHUHAUAUHUAHASUAS
    que demaixxxxx! já está no favoritos, vou acompanhar todas as histórias!
    não vou nem comentar que você não veio dar tchau pra nós haha mas tá.
    tudo de bom aííí
    beijooo, fica com Deus!
    e vê se volta um hispano hablante também haha

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