segunda-feira, 17 de maio de 2010

Another week!


Triplo post? Uau, radical! (Mais uma riminha boba para não perder o costume). Não deixem de ler os dois posts anteriores...

O tempo passa, o tempo voa, mas a cabeça do Rafa continua uma bolha. (tá bom, parei!)

Essa semana foi o cão! Dirigi meu primeiro projeto, o que foi um desafio e tanto. Até então, tinha me dedicado à direção de fotografia e operação de câmera, área que me sinto naturalmente mais confortável. Mas, a experiência de dirigir foi muito gratificante! O foco do diretor é, basicamente, os atores. Dããã. Eu sei que é óbvio... Mas ele deve criar o clima mais favorável entre a equipe em que está trabalhando (diretor de fotografia, operador de som, dolly grip) com os atores. Portanto, é um trabalho bastante intenso. Minha auxiliar de direção (responsável em pedir silêncio no set, dirigir os figurantes e coisas do tipo) me ajudou muito nesse projeto. Bom, duas coisinhas que eu aprendi durante esse processo. Primeira: Atores não devem envolver-se com os problemas do set. Isso com certeza prejudicará o seu desempenho. Segunda: Os atores precisam se sentir desafiados e motivados ao mesmo tempo. Comentários do tipo: Muito bom! Muito bom! MAS, você ainda não me convenceu com a sua atuação. Que tal fazer isso isso e isso? Essa dica é FUNDAMENTAL. Ator que não é motivado e desafiado não funciona. Bom, como o meu projeto era uma comédia, tive que tentar explorar algumas estratégias para tentar estimular os atores. Uma delas, por exemplo, foi gritar coisas do tipo: VAI VAI VAI!! MIRIAM! ENERGIA! ENERGIA! CANTA MIRIAM, CANTA! PULA MIRIAM, PULA! Essas coisas... Imagina a cara das pessoas a minha volta! O que esse brasileiro está tentando fazer? Enfim, funcionou... hehe. Pelo menos ou gostei do resultado. Amanhã vou ter o meu feedback. Se for uma porcaria, vou dizer que foi culpa dos atores. Brincadeirinha!
Tivemos também durante a semana, uma oficina de maquiagem. Dá uma espiada nas fotos do post! Confesso que me segurei para não mandar para minha mãe dizendo: Mãe, foi só um cortezinho, vou ficar bem! Hehe Seria tragicômico ver a dona emy pensando que fui atacado por um tubarão, ou qualquer animal selvagem havaiano! Ahh, outra coisinha, utilizamos sangue artificial profissional. Caraca, se não fosse tão caro eu compraria sempre pra comer com pão! Sério gente, é muito gostoso. Quando contei para o pessoal que o sangue tinha um gosto bom ninguém acreditou. Problema é deles, sobrou mais sangue pra mim.

Essa semana, estudaremos planejamento de produção (você iria adorar Pri!). Vai ser o óh do borogodó!

Mãe, não deu pra ligar =/ Quero ver como vai ser semana que vem.
Tali! Obrigado pelo email =) Foi RADICAL!
Núcleo Criativo e Painel: Saudades! Como vocês estão???
Baby: O primeiro mês inteiro??? Poxa baby, fiquei com dó =/



3D!


3D!

Acostumem-se com essa realidade! A produção de filmes em 3D está simplesmente bombando no mundo inteiro. Essa, com certeza, promete ser umas das próximas tendências que vão invadir todos os meios de comunicação. As estatísticas estão muito a favor daquilo que já está virando febre mundial. Só para esse ano, mais de 32 filmes estão sendo produzidos para serem assistidos em 3D! Em um gráfico comparativo que analisamos hoje, a maior bilheteria nos filmes em que você pode assistir tanto em 3D quanto em 2D, pendem consideravelmente para a experiência com os óculos... E não é só no cinema não! Já existem empresas desenvolvendo televisores e emissoras que enviarão sinais para que a experiência tridimensional possa ser desfrutada em casa.

Alguém além de mim acha golfe um tanto tedioso de ser assistido na tv? Bom, a experiência de assistir golfe com os óculos é simplesmente EXCITANTE! E é justamente esse tipo de entretenimento que as empresas querem oferecer aos consumidores. Os óculos, terão os mais variado tipos de tecnologia. Um deles, por exemplo, o shutter glasses (foto do post), tem um dispositivo eletrônico que consegue sincronizar digitalmente a frequência de duas imagens enviadas pela televisão para que cada um dos olhos veja uma imagem diferente, consequentemente dando essa impressão tridimensional. Acredita-se inclusive que os próprios computadores terão dispositivos para que você consiga ver imagens tridimensionais no seu laptop. E não pensem que isso é coisa para muito tempo não. Muito disso já está sendo produzido. Imagina que loucura? Além de poder mexer o mouse para a vertical e para a horizontal, você vai poder movê-lo para dentro ou para fora de tela dando essa ''ilusão'' de profundidade. Alguns Blue ray players (ah, esqueça os DVDs também, o Blue Ray definitivamente também já está dominando o mercado) já vem com o recurso: ''Pronto para 3D''. Ou seja, as empresas já estão se preparando para uma tecnologia que vem para ficar. Caso você esteja se perguntando: Bom, o 3D já é antigo, porque até agora ele não decolou? Basicamente porque só agora eles chegaram a um nível, graças a velocidade da evolução digital, em que o processo se tornou acessível e eficiente. Já parou para pensar o quanto isso vai afetar nossa percepção da realidade? Como o próprio pai do Blockbuster Avatar disse: No 3D, não existe TELA. E é exatamente isso! A idéia de estarmos limitados em um frame retangular, medido apenas por altura e largura já não existe, agora se tratam de objetos dispostos em uma espaço entre a ação do filme e o espectador. A intenção na verdade, é que o espectador FAÇA parte da ação. Imaginem os vários anos de história da arte e do cinema, limitados dentro de duas dimensões, sofrendo um processo de evolução e adaptação para uma nova dimensão! Não parece coisa de ficção científica? Porém, para que essa nova tecnologia seja convincente, vários ajustes devem ser feitos no processo de concepção de um filme. O famoso ângulo sobre os ombros, utilizado durante mais de 60 anos de cinema nas cenas de diálogo, simplesmente não funciona em 3D! Cortes secos de um ângulo aberto para um close-up também não funcionam mais. As transições nas cenas precisam ser suaves já que a percepção das três dimensões acontece de forma fisiológica. Nosso cérebro deve-se acostumar com a imagem em 3D em cada cena. Vou tentar ser mais prático: Coloque o seu indicador na frente dos seus olhos e aproxime e afaste ele do seu rosto. Perceba que quando ele está perto, seus olhos aproximam-se a fim de focalizá-lo melhor. Imagine fazer essa brincadeirinha durante uma hora e meia? É exatamente isso que acontece com os nossos olhos todas a vez que um objeto em um filme 3D salta da tela. Por isso, existe inclusive um limite de vezes em que os objetos podem se aproximar da tela para que o espectador não sinta literalmente tontura e dores de cabeça (sim, muitas pessoas sentem-se desconfortáveis com dores de cabeça durante as sessões em 3D). Por esse e muitos outros motivos, é que a produção em 3D exige um minucioso processo de estudo. Essa adaptação vai afetar nossa percepção dos filmes, estabelecida por anos! Algumas empresas, como Sony, por exemplo, estão investindo pesado no treinamento de profissionais para estarem prontos para esse novo universo.
Portanto, esteja preparado para essa nova dimensão, que logo logo vai fazer parte do nosso dia-a-dia.


Meio caminho andado!

Já estou quase na metade do teórico da escola! Dá pra acreditar? Porque sinceramente, eu não estou acreditando... A pressão aumentou mais um pouco (conta uma novidade, Rafa) e começamos finalmente nossas aulas de direção. Nosso professor tem contado um pouco das suas experiências no mundo cão do cinema. Acreditem, é coisa para maluco. Uma delas, por exemplo, aconteceu quando ele estava trabalhando em um projeto para a Century Fox. Os custos iniciais tiveram que ser radicalmente reduzidos e o prazo para conclusão era apertadíssimo. Mesmo assim, ele aceitou o desafio. No final do projeto, porém, a equipe de marketing decidiu que o filme seria destinado a adolescentes, o que exigiria que os diálogos e a história fossem adaptados para o público-alvo. Moral da história, ele foi obrigado a ceder às exigências da produtora, comprometendo completamente o trabalho. E é assim que acontece. Como o diretor tem seus direitos ao assinar um contrato, legalmente eles não podem ser demitidos durante a produção de um filme. O que a produtora faz então, é criar todas as situações para que o próprio diretor desista do trabalho ou então, ceda às suas exigências (e passar como um bom rapaz, mesmo com um resultado pouco satisfatório). Ele escolheu a segunda opção. Enfim, ele está decidido a não trabalhar mais dessa forma, é claro. Se vocês tiverem interesse em coferir, mesmo assim, aqui vai o link do trailer oh! ---> http://www.youtube.com/watch?v=tQrfaRFucbI

Bom, ainda tem muita coisa pela frente e com certeza terei mais experiências pra contar. Mas deixa para o próximo post... =)

Como prometi na última vez, aqui vai a sugestão da semana!

Dancer in the dark!

Antes de colar aqui a minha crítica do filme, quero fazer algumas observações. Para quem ainda não assistiu, esse é um filme bastante pesado. Sabe aquele filme onde você fica observando a tela durante vários minutos enquanto os créditos sobem lentamente? Esse é DEFINITIVAMENTE um daqueles (multiplicado por 10). Portanto, esteja literalmente preparado psicologicamente para essa experiência. Ahh, por favor não se esqueçam que os protagonistas da história não são necessariamente profetas da verdade. São apenas projeções das verdades em que acreditam os cineastas. Isso vai ajudar bastante nesse filme.
O papel principal é desempenhado por Bjork. (conhecem a cantora meio maluca, cujas músicas são ainda mais malucas? Particularmente, acho ela genial!). Então, nesse que foi o seu primeiro filme, ela recebeu uma indicação ao Oscar. Fraca a bichinha, hein?

Aqui vai a crítica:

Visualmente, ''Dancer in The Dark'' é um triunfo. De forma irônica, porém genial, o filme utiliza o próprio “desastre”, à seu favor. Esse ensaio tem como objetivo argumentar sobre o poder que as técnicas de fotografia utilizadas no filme tem de questionar a própria cosmovisão da audiência. A aparente insanidade e total subversão aos padrões de qualidade cinematográficos, ganham proporção simbólica e torna-se um dos principais elementos da narrativa.

Os clipes musicais, minuciosamente ritmados e sincronizados, mostram cores saturadas em sequências bem elaboradas. Todo cuidado é tomado para que o ''sistema de fuga'' criado pela protagonista (Bjork) seja apresentado de forma real. Porém, o inesperado, mas talvez o mais eficiente elemento do filme, acontece justamente após as sequências “idealizadas” na mente de Selma, quando o espectador, depois de alguns minutos absorto em um mundo de fantasia e conforto, é brutalmente exposto à realidade cruel da personagem. Essa abrupta interrupção apresentada na trama, revela a tendência natural humana de ''fuga'' e busca de refúgio e alívio em falsas interpretações do universo à nossa volta. Nossas crenças são colocadas à prova quando decidimos fugir ao lado de Selma do seu mundo miserável para uma falsa, porém confortável realidade.

Através das técnicas visuais exploradas, o filme consegue afundar-nos em um mundo cru e miserável. Mesmo que a audiência sinta-se em vários momentos compelida a abandonar a sessão, o que a mantém sentada até o trágico final é a esperança de conforto, que nunca vem. De forma que simplesmente funciona, mordemos a isca oferecida pelo diretor, e sentimo-nos forçados a presenciar cenas de horror e realidade. Uma experiência que, definitivamente não é de entretenimento, mas de profunda reflexão.





segunda-feira, 3 de maio de 2010

Meu Brasil brasileiro!

Eu sei, eu sei. Já faz um tempão que não atualizo isso aqui. Portanto, esse vai ser um duplo post! Vou tentar me redimir com uma mega postagem contando sobre as últimas duas semanas.

Primeiro vamos à explicação do título: Por mais que aqui na universidade tenham alunos de todas as partes do mundo, ainda estamos nos EUA. O que justifica o fato de uma grande parte de alunos ser americana e canadense. Não é estranho também, o fato de eu ter sofrido nas primeiras semanas um leve choque cultural. Mas vamos explicar melhor, caso esteja confuso: Como bom brasileiro, estou muito acostumado a tocar e abraçar as pessoas que eu gosto. Pois é, os americanos e canadenses nem tanto. Não que isso seja ruim. Mas a longo prazo você acaba sentindo falta. Sabe aquela coisa que você só percebe depois que perde? Então, outro dia uma brasileira me encontrou durante o almoço (lembra da sul coreana que eu encontrei no aeroporto?) e a primeira coisa que ela falou ao me ver foi: Rafa! Me dá um abraço!... Exatamente. É sobre isso que eu estou falando. A gente sente falta mesmo! Mas o pior não é só isso (bom se fosse), mas o fato é que na verdade eles não se preocupam muuuito com os outros. Digo, eles são muito amigáveis e gente boa, mas sabe aquela camaradagem brasileira? Aquele joguinho de cintura de uma mão lava a outra? Pois é, para alguns aqui a filosofia é mais parecida com: Nasceu quadrado? Não? Então se vira! É claro que, graças a Deus, sempre tem as exceções. Estou tentando me relacionar JUSTAMENTE com as exceções. Enfim. Essa semana estou melhor. Ou pelo menos mais conformado com a situação. Confesso que os latinos aqui na Universidade (só brasileiros são 21!) estão ajudando muito. E olha só! Já marcamos um strogonoff semana que vem na casa de uma staff aqui da base. Brasileira, é claro. Sobremesa: Brigadeiro! Sim, panelinha de brasucas no Havaí, tinha como ser melhor?
Vai então a dica: Aproveite tudo o que o nosso maravilhoso país tem a oferecer: A música, o calor, a cor e a vida! Sobre a sujeira (a desigualdade social, a violência, a prostituição e mais um bocado), coloque um MPB de fundo, pegue uma vassoura e comece a varrer pra bem longe. Afinal de contas, somos muito bons em resolver problemas. Basta estarmos dispostos para isso...

Essa semana, começamos a estudar escrita de roteiro e tivemos que terminar o nosso primeiro projeto para o curta. As aulas foram exaustivas! Mas extremamente produtivas. Estou definitivamente superando as minhas expectativas. Os professores também começaram a falar sobre as oportunidades de estágio. Fiquei muito entusiasmado com as opções, que podem ser aqui nos EUA mesmo (New York ou Hollywood) ou em outros países, como Inglaterra, por exemplo. Mas como já mencionei em outro post: Tudo depende. A indústria cinematográfica é muito instável. Mas ainda tenho tempo até ver o que vai acontecer. Até lá: ESTUDAR E ESTUDAR!

Filme da semana!
Sim! A partir de agora, vou publicar no final de cada post uma sugestão da semana. Porque?

Porque esse período de escola tem sido para mim, um campo fértil para todos os tipos de debates. Um dos temas que mais discutimos, é sobre o poder de influência do cinema na sociedade. Essa influência pode acontecer de forma negativa ou positiva. Dããh! Até um camarão sabe disso! (ãhm?? Eu sei, nem eu entendi o porque do camarão) Porém, esse processo não acontece da noite para o dia, mas tem acontecido ao longo dos anos. A música, a televisão e outras formas de comunicação tem contribuído para criar paradigmas, muitas vezes falsos, na mente das pessoas. Eu sei que a maioria de vocês já escutou esse blá, blá, blá todo e possa estar pensando: A onde esse camarão camarada quer chegar? A minha intenção, porém, não é chegar a lugar nenhum, mas sim, SAIR da inércia em que a sociedade nos colocou. Se você fizer o esforço inicial para deslocar-se do marasmo mental e começar a questionar um pouco o mundo a sua volta e as verdades que as pessoas tentam nos empurrar goela a baixo (à seco), posso garantir que você vai se deparar com coisas que você definitivamente não gostaria, mas que vão te libertar (Se conhecermos a verdade, ela nos libertará: Sabia que a Bíblia diz isso? Pois é, você deveria respeitar mais esse livro). E talvez um dia, quando você se olhar no espelho e perceber que se tornou um produto do seu ambiente e a pergunta "Quem sou eu, afinal?", finalmente martelar na sua cabeça, você saberá do que estou falando. Mas até lá, ouse pensar! Você pode ter a surpresa de descobrir que não é quem sempre pensou que fosse.
Para aqueles que não entenderam bulhufas do que escrevi acima, ou acharam que isso parece papo extra-terrestre, não se preocupe! Ainda há esperança para você camarão campeão! Prometo que vou tentar tornar as coisas mais claras com o tempo. Mas o passo inicial, é você quem toma! Toda a semana vou sugerir um filme. Não se preocupe, você vai gostar de assisti-los. O desafio, portanto, é o seguinte: Tente assisti-los com outros olhos e estimule-se a pensar. Lembre-se que PENSAR vai fazer toda a diferença.

A primeira sugestão da semana é:
500 Dias com Ela.

Porquê?
Aparentemente, o filme é só mais uma comédia romântica. Porém, de forma interessante, ele retrata a realidade de uma sociedade que não sabe o que é amor. O que aconteceria se duas pessoas que não soubessem o que é amar, se envolvessem sentimentalmente? Essa é basicamente a premissa que conduz o filme sob tensão até o final. A outra pergunta é: O que VOCÊ acha que é o amor?
Obs. importante!: Vai uma dica ao assistirem os filmes que eu sugerir! Tenham uma mente aberta! Não levem em consideração como verdades, os pontos de vista distorcidos apresentados pelos protagonistas, mas questionem-se o que o diretor quis retratar através dos papéis desempenhados na trama. Isso vai ajudar a evitar maus entendidos.

Fim! Não disse que ia caprichar no post?

Pai, mãe, mano, talis e companhia limitada... Não consegui telefonar! O final de semana foi cheio de trabalhos. =/ Espero conseguir falar com vocês semana que vem! Mesmo assim, saudades!

Baby! O teste não funcionou, tadinha! Te amo mesmo assim, tá linda? =)

Ahh! Vocês viram o camaleão na foto? Encontramos no final de semana na King's Mansion. Reparem como a cor dele muda de uma foto pra outra. Quando ele está irritado, seu corpo fica cheio de manchas escuras.