sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Entre ciclos e recomeços.

Não. Dessa vez não vou me desculpar por ter demorado para atualizar. Além do mais, esse papinho já tem virado rotina.

Chegamos em 2011! O que mais dizer além daqueles velhos clichês de mãe? Ou daquelas mensagens em power point com fundo musical do Kenny G, que tentam te arrancar à mão armada uma lágrima através de fotos de bebês, natureza e outras coisas fofas que, por si só, redefinem o conceito de Kitsch?

Mas por pura ironia, vou compartilhar nesse post algo interessante que li nos últimos dias. Em um livro? Não, em um email power point.

Antes de chegar ao ponto, porém, queria sugerir aqui uma pergunta. Algo simples e que tem sido o dilema de muita gente, inclusive o de cristãos, diga-se de passagem. Ou principalmente o de cristãos, diga-se de estadia? Não importa, a questão é: O que é a vida além de uma série de ciclos sem sentido? Nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer?Admita já ter se perguntado a mesma coisa, vai! Essa reflexão também é feita na Bíblia, em Eclesiastes. E não por gente qualquer. Salomão questionou-se as mesmas coisas, apesar de todo o dinheiro e conhecimento que tinha.

Mas esses questionamentos não são ruins. Como Ed René ensina em "O Livro Mais Mal-Humorado da Bíblia", pensar dói. Mas nos liberta também, e isso é muito bom.

É fato que a nossa vida é uma série de ciclos que têm se repetido por gerações e gerações. Não podemos negar essa realidade. Mas e o que fazer com ela? Ao invés de ficar parafraseando as palavras do autor, vou copiar aqui um trecho que sintetiza bem esse pensamento:


"...O Eclesiastes ...foi levado pelo pessimismo inerente às repetições incessantes. No entanto, ele deixou uma saída: cada geração faz tudo de novo como se fosse a primeira vez; cada um precisa ter sua própria experiência, vivenciar a singularidade em constante mudança. É por isso que gosto das palavras de Lulu Santos, um Eclesiastes moderno: 'Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia; tudo passa, tudo sempre passará. A vida vem em ondas como o mar, num indo e vindo infinito". O que foi não voltará a ser, embora a vida tenha suas idas e vindas. Assim, sábio não é aquele que busca a novidade para se saciar: sábio é aquele que consegue entrar na rotina da vida e fazer as coisas repetidas como se as fizesse pela primeira vez."

Alguém percebeu o poder dessa última frase? Sabedoria não é buscar novidade para sentir prazer, mas sentir prazer na repetição e rotina da vida! E isso muda o sentido de tudo... Tudo torna-se mais emocionante quando vemos nossa vida sob essa perspectiva. Uma segunda-feira qualquer torna-se única e especial se eu assim quiser que seja. Cada dia, cada gesto torna-se singular e novo quando o tratamos de forma especial. Pessoas nascem todos os dias e a todo momento. São apenas estatística quando não possuimos vínculo com elas. Pelo menos até o dia do nascimento do nosso próprio filho. Naquele momento, um número torna-se muito mais do que isso: um acontecimento inesquecivelmente especial.

Mas não nos esqueçamos das coisas mais simples. Um café, tomado sozinho, é apenas mais um. Porém, torna-se único quando o tomamos com um amigo que não vemos há muito tempo (estou prometendo a mim mesmo tentar fazer isso). Um filme na sessão da tarde pode parecer entediante e bobo. Até descobrirmos que ele pode ficar mais interessante com chuva, edredon, pipoca e chocolate quente. Um mero passeio de carro também não é lá tão atraente. Quem sabe acompanhado pelas suas músicas favoritas em volume alto enquanto os vidros abertos fazem seu cabelo revirar, seja muito mais interessante.

Portando, meus queridos, não se esqueçam de que tudo pode se tornar melhor com uma dose de otimismo e, literalmente, vontade de viver. Quando você estiver cansado da rotina, como o rico e sábio Salomão esteve, saiba que existe uma saída.

Para quem tiver interesse, segue o livro que me inspirou a escrever o post:
O Livro Mais Mal-Humorado da Bíblia
Ed René Kivitz
Editora Mundo Cristão

Tenham um excelente início de ano ao lado de todos aqueles que vocês amam! (Sabia que eu ia acabar terminando o post com frase de arquivo power point)

Tchakabum! pronto, assim é um final diferente.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Vixi, demorei né?

Pra variar só um pouquinho, aqui estou eu postando depois de 357 bilhões de anos.
Aproveitei a pausa do render pra escrever pra vocês, olha a malandragem!

Confesso que essa semana tem sido morosa... Espero que a próxima me receba de braços abertos e com notícias mais animadoras. Para quem não sabe, passei o feriadão do dia 12 em São Paulo. Ou melhor, interior de São Paulo. Melhor ainda: Araçariguama. Interior do interior. Aquele tipo de cidade que quando você pensa que está entrando, já está saindo. Fui convidado a palestrar sobre cinema e mídia para os jovens e adolescentes inscritos na Conferência. Superei minhas expectativas em todos os sentidos! Os jovens estavam super interessados e ativos. Pude conhecer gente nova e trocar contatos. No segundo dia de oficina, tivemos uma atividade prática RELÂMPAGO. Produzimos um micro curta em apenas 2 horas. Os atores e a equipe de produção era composta pelos próprios ''alunos'', que mandaram muito bem, por sinal! Fiquei orgulhoso. Se vocês quiserem dar uma olhada no vídeo que rendeu pra todos muitas risadas, espia o link: http://www.youtube.com/watch?v=yRgMePIsbto

Vixi! O render terminou. Isso significa que o coffee break forçado acaba por aqui.
Deixa eu ir porque a noite hoje é longa!



sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O link!

Como prometido e com atraso, é claro, aqui vai o link do meu último projeto!

http://www.vimeo.com/15245918

Me desculpem ainda não ter colocado legendas. Prometo que assim que der vou colocar o vídeo legendado no YouTube.

Beijos meus amores.

P.S: Minha linda, estou voltando, dá pra acreditar?


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Contagem regressiva

Sim, meus queridos. 4 dias. Sabe aquela estranha sensação paradoxal, onde a relação tempo e espaço é totalmente subvertida em nosso pensamento, ultrapassando o limiar da consciência e atingindo a esfera do absurdo e transeunte? (eu sei que essa palavra não se encaixa de maneira alguma nessa frase, mas sonoramente achei bonitinha.) Não, eu também acho que não, mas é assim que estou me sentindo. Pra ser mais claro: O tempo passa rápido. Porém (é aí que vem o paradoxo) ao mesmo tempo em que o tempo passa rápido como o vento (gostei da rima estúpida), quando olho pra trás e penso nos meus primeiros dias aqui no Havaí me pego lembrando de coisas que parecem ter acontecido a três anos atrás! Tá vendo, aposto que você também já se sentiu assim. É tanta coisa que dá pra escrever um livro. Eu sei que essa frase é batida, mas não conheci ninguém que a utilizou e que chegou ao ponto de realmente escrever um. Eu pelo menos escrevo no blog. (de vez em quando...)

Tá bom, quase nunca.

Mas deixa eu voltar ao ponto, caramba! Não gosto quando vocês me distraem. Posso continuar? Obrigado.

Então, acabou o estágio! Caramba, quase perdi um dedão (sim, não sinto o meu dedão a mais de 5 dias), o cisco que está no meu olho a mais de uma semana está quase virando pérola (por favor, me deem dicas de como tirar ciscos de olhos, porque já tentei mais de... Deixa eu ver. Uma, duas... É, duas vezes.), meu cabelo parece a floresta amazônica antes da devastação. (aposto que Deus deve ter colocado algum DNA leonino no meu sangue, já que várias pessoas me disseram que eu pareço um nos últimos dias. Essa foi tosca. Ai!). Minha capacidade cognitiva se igualou à capacidade de um coelho, depois ter ter me pego calculando 700 x 2 na calculadora do computador. E pra finalizar, esses dias escutei meu estômago e meu intestindo conversando durante a madrugada sobre um possível atentado terrorista a minha boca, caso ela continuasse a enfiar aquela arma cancerígena chamada McDonnald's. Pois é. Por mais dramática que pareça a situação, ela é infelizmente real. Tirando a parte do intestino e do estômago, é claro. Porque... assim, estômagos não falam, falam? (silêncio constragedor... É nesse momento que minha mãe para durante alguns minutos a leitura, olha bem fundo nos olhos do meu pai e diz: Nosso filho precisa de ajuda).

Mas esse é o meu estado pós guerra. Muito disso eu admito que foi por conta de ser extremamente estabanado, desenfreadamente desesperado, inexoravelmente perfeccionista, e levemente exagerado. O meu último projeto finalmente está pronto.

Colocarei em breve o link para vocês assistirem. Nossa premiere foi ontem, e os feedbacks positivos vieram como um susurro de alívio. Descobri uma das melhores sensações na vida: Senso de realização. Sabe aquela sensação que no fundo não depende necessariamente da qualidade final do trabalho, mas sim na satisfação de ter terminado? Foi assim que me senti. O significado que o projeto teve pra mim, no fundo, vai valer mais do que o produto em si. Mas deixa esse papo pra outro post. Deixa eu só fazer um comentário? É claro que deixa, o blog é meu e faço o comentário que quizer. Ontem, depois da Premiere, esse cara veio até a mim: Poxa, foi você quem fez aquele filme e blá blá... Nossa, achei muito legal e blá blá blá. Eu já todo bobo, né. Cheio dos obrigados, e tals, valeus, pois é... então. Tudo bem. O cara continuou lá, na maior rasgação de seda quando de repente o meu amigo, que estava ao meu lado antes desse cara chegar pergunta do NADA pra ele. Digo, do nada porque foi do nada. Se não fosse do nada não diria que foi do nada. Mas enfim, ele pergunta pra sujeito: Pois é, eu também gostei e tal, mas assim, tu entendeu a história? Silêncio. Eu, na verdade, já tava esperando que o cara dissesse que sim, é óbvio. Como ele iria elogiar se não tivesse entendido, pára né. Mas mesmo assim continuei esperando, e nada... De repente, o sujeito começa com esse papinho: Ahmm... pra ser bem sincero contigo... (nessa hora minha cara já tava no chão, mas ele continua)... então, pra falar a verdade... eu não entendi não. silêncio. Olhares constrangedores.

mais um pouquinho de silêncio.

Rafa pensa. Rafa quase fala. Rafa não fala. Não sabia o que falar. Sinceramente, ele caminhou toda aquela distância até a mim (tá bom, devem ter sido só uns 10 passos) pra dizer que tinha gostado mas não tinha entendido??? Tudo bem. Bola pra frente a vida continua. Até o momento em que chega essa garota: Poxa Rafa, parabéns! Na lata eu pergunto pra ela: Desculpa, mas... antes de qualquer coisa, me diz se você entendeu. A resposta??? Rafa, esse não é o tipo de filme que se entende... (mais alguns minutinhos de silêncio). Pensei, será que ela tá dando uma resposta bonitinha pra frase: NÃO ENTENDI? A essa hora já não estava mais tão feliz não. Por isso eu digo: JOÃO SEM BRAÇO. João sem braço, o que diacho é João sem braço, Rafa? Deixa eu explicar. Eu vou colocar o link do filme aqui, certo? Nós somos amigos, não somos? Pra manter esse clima, finge que entende! Pronto! =) Eu não te pergunto sobre a história e a gente finge que todo mundo se entendeu no finals das contas... To brincando, também não é assim. Várias pessoas entenderam. Pelo menos uma entendeu, vai! (me incluindo na contagem).

Mas não quero assustar vocês não. Na verdade isso tudo é só uma estratégia de marketing pra gerar expectativa... (Aham, sei)


Mas pelo menos minha família vai ter que prometer que vai fingir entender, pode ser? Combinado, Talis?

Esperem que no próximo post coloco o link. Ainda hoje!

Senhoras e senhores, é com vocês: A Árvore da Memória! (Depois dos intervalos comerciais)

Ahh... Por isso que estou tão alegrinho! São 5 da manhã! É melhor eu dormir. Não contem pra minha mãe. =/

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A Árvore da Memória

Apenas dois motivos para estar atualizando esse porão de posts, que chamo de blog. Primeiro: Cansei do sorriso amarelo da monaliza toda vez que abro essa página. Segundo: Minhas estatísticas de acesso no blog caíram drasticamente, depois desse período de vacas magras de atualização. Terceiro: Porque acho que minha família nem sabe mais o que estou fazendo aqui no Havaí. Se estivesse vendendo coco na praia nem teriam percebido. Eu sei, ao todo são três motivos e não dois. Tá vendo? Pior do que eu pensava.
O fato de estar escrevendo a essa hora (12 noite) é porque estou entrando mais uma vez naquele processo que me arrepia a espinha. A PRÉ-PRODUÇÃO! Ahhhh. (grito abafado devido ao horário de silêncio) Eu sei que essa palavra pode não parecer assustadora pra você, mas saiba que ela tira meu sono. O projeto em que estou trabalhando chama-se A Árvore da Memória. É um curta de 15 minutos, portanto, um triplo desafio já que os meus projetos anteriores tinham apenas 5 minutos cada. Acreditem, é muito trabalho. Pra se ter uma idéia, um filme de baixo orçamento incluindo todo o processo de pré, produção e pós-produção demora em média 1 ano para ser concluído (e olhe lá!). Proporcionalmente, eu teria que ter o dobro do tempo que tenho para concluir o meu. Alguns dos meus desafios essa semana tem sido: Encontrar atores, locações, quebra de roteiro, testes de câmera, story boards, decoração de sets, confecção de objetos de cena, figurino, audições com atores, aprovação do roteiro, reunião com equipe, agendamento de vans e mais um bocado de coisas, que não valhe nem a pena pensar a essa hora. Mas vamos ao que interessa. A premissa do curta (uma única frase que define a sua essência) seria: O que aconteceria se um homem tivesse que repintar as memórias mais doloras do seu passado, para que sua vida voltasse a ter cor? Ahmmm??? Se ficou meio vago, o que é justamente a intenção da premissa, deixar uma pergunta no ar, vou deixar um pouco mais claro com um exemplo. Imagine que você é um pintor. Imaginou? Muito bem. Agora imagine que você carrega uma lembrança terrível. Algo que tira seu sono e alegria. Imagine-se agora dentro de um quarto, onde todas as memórias da sua vida são representadas por objetos, quadros e fotografias. Imagine que nesse quarto você tem suas memórias boas e ruins, e pudesse escolher o que fazer com cada uma delas. Seria legal, não? Pois é. É isso o que acontece com David. De alguma forma (que só vai ser revelada no filme, é claro) ele entra no quarto das suas memórias. Porém, ele toma a decisão de rasgar aquela que é a mais dolorosa, justamente aquela que o persegue. Quando David sai do quarto, esperando que tudo melhore, percebe que o seu mundo se tornou preto e branco. As cores já não são mais diferentes. Todas tem o mesmo tom de cinza. David chega a dura conclusão, de que para voltar a poder enxergar cores, deve primeiro repintar a sua memória mais dolorosa. Os detalhes eu não vou contar. Não quero estragar a surpresa. Mas basicamente ele vai estar cheio de simbolismos e analogias. Nossas lembranças e experiências de vida, são o que tornam as cores da nossa vida únicas. Os tons escuros e acinzentados das nossas lembranças ruins, porém, nos ajudam a apreciar as lembranças boas e coloridas ainda mais. Já devo ter contado mais do que devia! Se vocês tiverem interesse em participar das audições de atores (haha eu sei, muito engraçadinho eu), coloquei nesse endereço temporário >http://www.nucleocriativopainel.com/24rafa.html) os projetos dos estagiários. Se não foi pra minha Premiere, quem sabe seja a hora de você vir pra cá me dar uma forcinha, não?

Então minha gente. Prometo vou TENTAR manter o blog atualizado. Sei que vai ser mais uma vez o óh do borogodó. Mas eu chego lá...

Já estou sentindo o cheiro do Brasil...
Tá chegando!

Abraços meus amores.

Rafaela Seino: Sem você sou Seino... ção. Eu gostei. Ri comigo mesmo. (como sempre)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

É pra acabar!

Se você está pensando que esse é só mais um daqueles posts idiotas, que te fazem sentir como um completo marreco pensar com tristeza depois de ler a última linha da asneira que escrevi, você está certo! Sim, esse é mais um daqueles. Porque, Rafa? Porque? Simplesmente porque eu acho que na vida, nem tudo são... "Porque na nossa caminhada diária, um pouco de... "Porque na alvorada do conhecimento... Esquece, to tentando criar uma daquelas frases poéticas que dá vontade de colocar no orkut mas não to conseguindo. Mas é sério. Se quer ler algo construtivo, feche esse blog agora mesmo e digita Madre Teresa de Calcutá no google. Enfim! Escutei que rir evita envelhecimento. Se isso realmente for verdade, tenho certeza que depois de hoje voltei a parecer um adolescente (um tapa na cara daquele que pensou que eu já pareço um!). RI DEMAIS! É claro que por motivos idiotas, como sempre, mas que ri, eu ri. Motivo de riso número um: Lembram do Seth? Sim, claro que lembram. Ele é o colega meio maluco do meu quarto. Ele tem uma característica meio estranha, que nunca tinha entendido muito bem. Toda vez que ele ri descontroladamente (por motivos que não justificam a proporção da risada gerada), ele cai! Sim, toda vez que ele ri demais ele se atira no chão. Quando ele começa, eu já sei o fim da história: Riso, riso, riso, chão. As primeiras vezes eu até tolerei. Afinal de contas todas as pessoas tem um lado meio Seth. Na segunda vez, porém, foi mais complicado, já que ele começou a rir sufocadamente no meio da classe. Conclusão? Chão. Mais uma vez ele tava lá, gemendo no carpet. Sempre achei que fosse algo relacionado ah, sei lá! Um enfraquecimento dos músculos da perna ou uma versão Sethiana do super man e a criptonita. Mas hoje foi demais. Deixei minha educação de lado e fui direto ao ponto, depois de ele se atirar na CALÇADA DA AVENIDA quando voltávamos da lanchonete: Seth! Levanta Seth! A polícia vai pensar que a gente é doido! Ainda mais aqui nos EUA, que você é multado só de respirar mais ar do que devia. Tenho certeza que iam me acusar por ter espancado o coitado até ele não conseguir ficar em pé! Aposto que os policiais sairiam do carro com cara de havaiano malvado, olhariam pra minha face de fuinha sem dono, pegariam o caderninho e sem delongas diriam: Deculpa, mas aqui nos EUA não é permitido um garoto branco presenciar um garoto negro agonizando no chão de tanto rir, com face de fuinha sem dono, depois das 10 horas nas quintas feiras. Três opcões: Ou ele pára de rir, ou você lava essa face de fuinha, ou 3 mil dólares por desacato a autoridade americana abençoada por Deus e por Obama. (Tá bom, exagerei no patriotismo americano só pra dar aquela emoção. Mas não. É assim mesmo). Enfim! Não, não fomos presos. Recompus minha educação e comecei devagar, bem de mansinho: Seth, sabe, a gente é amigo a um tempo e tudo mais, cara. Pô, tu é um sujeito bacana, gente boa. Mas deixa eu perguntar uma coisinha. Assim, só por curiosidade. Talvez você ainda não tenha percebido ou, talvez ninguém tenha te perguntado, mas... você já reparou que se arremessa no chão toda vez que ri demais? Porque assim... pessoas não costumam se atirar na calçada no meu país. Se for cultural, vou entender cara, com certeza, mas... sabe, só por curiosidade mesmo. A RESPOSTA? Ah, cara, pois é! Então, eu tenho essa dor na cabeça sabe. Toda a vez que eu rio demais, essa parte aqui de trás, oh, dói, sabe? Daí eu me jogo, porque daí a minha cabeça fica baixa e... No meio da explicação eu já tava paralisado. DOR NA CABEÇA? NA PARTE DE TRÁS? SE JOGAR NO CHÃO PRA PASSAR? Confesso que prometi pra mim mesmo nunca mais tocar no assunto. Que fique como um daqueles assuntos que todos sabem mas ninguém comenta, sabe? Ninguém é perfeito e... acontece, acontece. Voltamos para o campus sem conversar muito. As vezes o silêncio expressa mais do que as palavras. Moral da história: Se encontrar a moral, por favor me manda por email. Motivo de riso número dois: Para quem ainda não teve a chance de conhece-la, saibam que sim, minha namorada é muito diferente de mim. Mas aquele diferente que completa, sabe? O que no fim do dia é excelente. Mas se você já passou por experiências parecidas no relacionamento talvez vai entender melhor o que eu to falando. Eu sou aquele tipo de cara que sonha, meio inconsequente, que simplesmente vai e faz na impulsividade, sem pensar muito. Depois acaba se dando conta que um pouco de planejamento e organização nunca é demais. Ela já é aquela pessoa organizada, mais calculista, que consegue planejar os próximos 175 anos da vida, dos filhos e netos e saber quanto vai gastar em cada mês, o emprego que vai ter e as metas que quer atingir: A curto, médio e a longo prazo. Ahh, essa é uma das palavras favoritas dela: METAS! Mas enfim, acho que vocês podem até imaginar como essas diferenças acabam gerando situações bem inusitadas. Geralmente é eu quem começo né, bem de mansinho, como sempre: Baby! Tive uma idéia! Que tal a gente fazer esse projeto?? Tava pensando em algo assim, grande, sabe? (na cabeça dela automaticamente as informações já são transformadas em números e metas a curto, médio e longo prazo, de novo). Um projeto de uma marca, quem sabe! O conceito é lindo, fala sobre liberdade, amor, individualidade e eu continuo lá... sonhando acordado enquanto ela olha pra mim com uma carinha de pena... Então linda, gostou??? Antes mesmo de expressar qualquer opinião ela pergunta: Você já registrou a marca? Já pesquisou os fornecedores? Já calculou o custo do frete? Já fez o plano de metas? Porque você sabe, né. As Metas tem que ser atingíveis! A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO. Nessa hora eu já estou olhando pra ela com a face de fuinha CONSTRANGIDA e digo gaguejando como quem foi acordado com um balde de água gelada: Ah, cl-claro! Não, na ve-verdade, sabe, não pensei muito ainda nesses pequenos detalhes, mas, o conceito, baby! Nossa, O CONCEITO! Já sei até as cores que estou pensando em utilizar! Sabe, acho que o verde com o amarelo talvez fique legal... Rafa! (interrompendo-me com carinho) Me passa os arquivos que eu vou fazer o orçamento com a gráfica amanhã, tá? Vamos dar uma volta? hehe Acho que são diferenças como essa que dão aquela emoção na vida. Ela me traz para realidade e quando eu consigo, dou uma escapada com ela nos meus sonhos. A minha mãe sempre dizia: Filho, você é artista, sonhador, não pode se preocupar com essa tarefa de administrar. Acho que no fundo ela tinha razão. Ouvi dizer que os casais devem ser assim mesmo, um sonhador e o outro mais realista. Assim que a coisa acontece. Hoje mesmo, tivemos mais um desses momentos engraçados. Comecei de novo com as minhas idéias mirabolantes e logo percebi que ela já estava em outra realidade. Baby? Você tá aí?... Ahmm? O quê? Ah! To sim, sim, continua lindo! Essa é uma das coisas que amo no nosso relacionamento. Acho que estão certos quando dizem que os opostos se atraem. Ela me disse uma vez que não importa o que. Seja o que for, ela gosta de ver as coisas acontecerem! Nas palavras que saíram da própria boca dela, me disse: Rafa, se me derem titica de galinha eu vendo! No mesmo instante já pensei na logomarca, no slogam e em toda a identidade visual para a marca de titica. Algo do tipo: Se você achou que era impossível cag*** dinheiro, é porque não conheceu as galinhas da nossa granja! Sim nossas galinhas cag** dinheiro! Já na capa da próxima "pequenas empresas grandes negócios" estaria minha namorada, ao lado da granja com a chamada: Empresária paulista transforma cocô em um grande negócio! Conheça a jornada dessa nipo brasileira que encontrou as galinhas dos ovos, ou melhor, do cocô de ouro! Enfim, tá vendo? A gente se completa =) Assim a gente vai indo e indo. E a vida vai levando. Quando bate o ventinho eu já to lá nas nuvens, mas ela me puxa pela cordinha com carinho e as coisas vão acontecendo...

Olha só! No fundo não escrevo só abobrinha. Outra hora compartilho mais nossas experiências doidas como casal.

Gente, eu vou porque amanhã preciso acordar cedo. Não, não fico o dia inteiro escrevendo no blog se é o que você pensa. Sou um cara sério! (Aham, sei. Só falta dizer que também se atira no chão quando ri)

Pronto!

Baby, a gente se completa...=*

Família: Alguém vem me visitar no Havaí? Venham, vai =) Saudades suas fuinhas mal lavadas (mas mesmo assim cheirosas)

Se você achou o post sem graça, não me importo! A Monalisa riu. (e ainda me adicionou no orkut dela)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A importância de amigos no trabalho e na vida

Galera, recebi esse artigo por email e achei bem inspirador. Vale a pena gastar uns minutinhos. (ou pra quem preferir, ganhar alguns!)


A importância de amigos no trabalho e na vida

Harrison, minha sogra, morreu meses atrás depois de uma longa e corajosa batalha contra o câncer. Como a maioria de nós, ela não era famosa. Se você não a conhecia, provavelmente não sabia sobre ela. Ela morava em uma comunidade relativamente pequena de Savannah, Georgia.
Tendo feito coisas maravilhosas lá - ela foi a primeira mulher nomeada diácona na Georgia. Fundou uma cozinha comunitária de sopa e ajudou alguns a criar a autoridade de Savannah de desabrigados. Criou três crianças e, alguns diriam, um marido.
Um dos problemas que enfrentamos após sua morte, foi encontrar uma igreja grande o suficiente para acomodar as pessoas que estariam no funeral. Escolhemos a maior que encontramos, com 600 lugares. Mesmo assim muitos acompanharam de pé.
Susan tinha uma qualidade particular que cativava as pessoas. Não foram suas realizações. Não foi dinheiro. Ela não teve acesso a pessoas famosas ou importantes. Ela não poderia te contratar; e muito menos era um degrau para o sucesso.
Susan era, simplesmente, uma boa amiga.
O que é uma arte. Para ser um bom amigo, você deve doar-se, mas não tanto a ponto de perder você mesmo. Você precisa saber o que deseja conquistar, ao mesmo tempo em que deve ajudar outros a realizar o que eles anseiam. Você precisa ter uma personalidade, mas permitir e apoiar a personalidade dos outros. Você precisa se preocupar, e até mesmo amar, pessoas que você pode discordar (estou quase certo de que ela não votou nos mesmos candidatos que o seu marido). Você deve desejar aos outros pelo menos aquilo, se não mais, que você recebe.
Essa é uma receita bem previsível para a felicidade. DAR aos outros - uma maneira confiável de fomentar amizades - faz-nos mais felizes do que desejar coisas a nós mesmo. De acordo com pesquisas lideradas pela Doutora Elizabeth Dunn na universidade de British Columbia, dinheiro pode comprar felicidade... a partir do momento em que você o gasta com outras pessoas.
Pesquisadores conduziram três estudos:
Primeiro, eles entrevistaram mais de 600 americanos e descobriram que gastar dinheiro em presentes e caridades, causaram mais felicidade do que gastando consigo mesmo.
Então, observaram trabalhadores que tinham acabado de receber aumentos, e descobriram que a felicidade não estava baseada na quantidade do aumento, mas não decisão dos trabalhadores sobre o que fazer com a quantia que haviam recebido. Aqueles que gastaram mais do seu aumento com os outros, estavam mais felizes do que aqueles que gastaram consigo mesmos.
Finalmente, os pesquisadores deram dinheiro para uma quantia de pessoas, instruindo algumas delas a gastá-lo consigo mesmas, e a outra parte a gastarem com outras pessoas. No final do dia, aquelas que gastaram com os outros também estavam mais felizes.
Portanto, ter amigos e tratá-los generosamente é claramente uma estratégia eficiente na vida. Mas e em relação aos negócios?
Se você assistir mesmo um único episódio de qualquer reality show baseado em uma competição - O aprendiz, No limite (survivor), Top Chef, America's Next Top Model...; não importa qual - você ouvirá uma frase muito mais do que qualquer outra: "Eu não estou aqui para fazer amigos!"
Se você quiser ver do que estou falando - e só por diversão - assista essa compilação do Youtube (http://www.youtube.com/watch?v=w536Alnon24). Aparentemente muitos competidores acreditam que para vencer você não deve-se preocupar sobre a forma como você afeta os outros. Como um dos competidores de "O Aprendiz" disse, "Nós não estamos aqui para fazer amigos. Não é nada pessoal. Isso é somente negócios." Isso é verdade? É melhor sermos degoladores do que colaboradores?
Bom, vamos dar uma olhada nos fatos. Se você está procurando por um trabalho, é melhor ter amigos. A forma número um das pessoas conseguirem empregos, é através de indicação.
Uma vez que você está trabalhando, ter um melhor amigo é uma forte previsão para o sucesso. As pessoas podem definir ''melhor'' vagamente (por isso, pense como em um jardim de infância, onde você pode ter mais de um "melhor" amigo), mas, de acordo com um estudo da organização Gallup com mais de 5 milhões de trabalhadores, mais de 35,56% das pessoas que afirmaram ter um melhor amigo no trabalho são engajadas, produtivas e sucedidas enquanto apenas 8% daqueles que não são.
Outro studo memorável, revelou que amizades no ensino médio são um forte indicador no aumento de salário na fase adulta - na margem de 2% POR pessoa que você considerava um amigo próximo. Ou seja, se durante o ensino médio três pessoas te listassem como um dos amigos do mesmo sexo mais próximos, seu salário na fase adulta seria 6% maior.
Quer permanecer no trabalho que você tem? Então, é melhor você ter amigos. Como um amigo que opera vendas para uma companhia de tecnologia bem sucedida me contou recentemente: "Pessoas tentam ao máximo não demitir os seus amigos. Essa é a diferença entre 'ele é um bom cara' e 'eu não conheço aquele cara."
A boa verdade é que as pessoas que dizem que não estão aqui para fazer amigos, não vencem. Isso é verdade para Reality Shows. É verdade para os negócios. E é verdade para a vida.
Durante os últimos dias de Susan, ela estava rodeada durante todo o tempo pela família e amigos. Naqueles momentos, ela ainda conseguiu dar alguns conselhos. Suas palavras de despedida? "Envolva-se com uma comunidade de amor."
Portanto, é bom apostar que realmente estamos aqui para fazer amigos.

fonte:




domingo, 11 de julho de 2010

Tudo de novo

Tá bom, tá bom... Vocês venceram! Estou atualizando essa cloaca. Mas pra ser honesto, não sei o que escrever! Sério. Na verdade não aconteceu muita coisa durante essas duas semanas. Enfim, vou tentar, ok? (leia por sua conta e risco)

Nossa rotina mudou muito depois da escola. Despedimo-nos de todos os alunos e só restaram nós cinco, os estagiários =) Tivemos duas semanas de folga e finalmente começaremos o estágio amanhã. Tiramos esses dias pra fazer tudo o que não conseguimos durante a escola, o que incluiu ir até a praia durante a noite, assistir ao desfile de 4 de Julho na avenida, comer junk food até quase ter intoxicação alimentar, assistir filmes às 4 horas da manhã e encher a cara com refrigerante e pipoca... Ou seja, uma vida mansa! Afinal é isso que as pessoas deveriam fazer no Havaí, certo? Essa história de estudar é que nunca fez muito sentido pra mim. Na verdade, essas palavras deveriam ser antônimas! Algo do tipo: Estou estudando. Estou havaiando. Não? Ok, eu falei que não sabia o que escrever! Tenho que inventar alguma idioticezinha, poxa =/

Mas... Pra ser bem sincero, verdadeiro, autêntico, honesto e reduntande: Cansei de férias. Estou feliz que começaremos nosso estágio amanhã. Aproveitaremos esse tempo para exercitar tudo aquilo que aprendemos na escola. Ah, esqueci de avisar que o campus está com caras novas! A cada 3 meses começa uma nova temporada e os calouros chegaram a poucos dias. Graças a Deus isso aqui voltou a parecer uma universidade. Até então estava um deserto! A única coisa que conseguíamos ouvir era o barulho da grama crescer (não gostou da piadinha? Não importa, não fui eu que inventei). Mas como nem tudo são plumérias (versão havaiana da frase: nem tudo são rosas), a presença brasileira enfraqueceu. Parece que só vieram dois novos brasucas. Um deles, inclusive, me disse hoje que está se sentindo bem perdidinho no meio dessa gringarada. Parece até que já ouvi essa história antes, né? Mas enfim, agora que sou um veterano experiente e treinado (humilde e cara-de-pau) consegui acalmar o pobre novato verde e amarelo: Não se preocupe! Eu também quase morri estranhei a descarga elétrica fatal o choque cultural! Vai ser tranquilo! Não, não vai. Tá bom, menti um pouquinho. Mas coitado, ele estava querendo ir embora! Vai passar, vocês vão ver.

Ai, ai. O que mais? Ah, estou ainda na minha luta para ganhar alguns kilos. Resultado? Fracasso total! Cheguei a uma conclusão: SOU INVENCÍVEL E A BALANÇA JAMAIS ME DERROTARÁ!!! MUA HA HA!!! (Esse mua ha ha foi totalmente desnecesário). Fazer o que, ainda acho que deveria ler o mesmo livro que minha irmã leu antes de vir para os EUA: "7 passos para engordar 10 15 kilos em um ano!". Enfim, essa façanha é para os poucos escolhidos.

Sim, estou literalmente enchendo linguiça. Mas acho que cansei.

Falando em linguica, acho que vou assaltar a geladeira. Dizem que comer a noite engorda, né?

Beijos meus amores: Rafa, que agora me chama de camarão (não sei porque! Tá bom, sei sim)
Talita, minha constante ameaça pública.
E a minha linda família buscapé. Estou com saudades de vocês suas fuínhas. (fuinhas: estranha demonstração de afeto aos entes queridos)

Por do sol no campus. Feio, né?


domingo, 27 de junho de 2010

WOHOOO!


Esse é um post relâmpago, na verdade, só quero compartilhar com vocês o meu entusiasmo! Enfim, nossa Premiere foi incrível! Mas o mais incrível foi ouvir o feedback das pessoas e ter a certeza de que todo trabalho mais do que puxado valeu a pena. Se vocês ainda não tiveram a oportunidade de assistir, atualizei o post anterior com os dois links dos meus filmes. Dá uma espiada, vai?

Realmente estou muito feliz. Obrigado a todos que fizeram parte comigo dessa jornada! Mãe e pai, por todo esforço em me manter aqui. Sei que esse sonho não seria possível sem todo apoio de vocês. A você, lindinha, por ter sido paciente mesmo quando era tão difícil te ligar em meio a correria da escola. A você Tali e Rafa, por simplesmente acreditarem e me encorajarem a dar o melhor de mim. A você mano, pelas nossas conversas bobas no MSN no meio da correria da minha semana, e claro, a Deus, que é o único motivo de eu estar aqui hoje.

Enfim, a todos vocês que de alguma forma cruzaram na minha vida e que hoje fazem parte dela.

E fiquem atentos às fotos!

Bom, vou indo nessa porque essa noite vai ser longa. Foi uma grande conquista para todos os alunos e motivos para celebrar não faltam...

Beijo na bunda e até segunda! (Tá bom, domingo quem sabe? Ah, esquece vai!)

---> Sim! Usei rabo de cavalo para a nossa Premiere!

sábado, 26 de junho de 2010

É hoje!

Depois de tanto trabalho, noites mal dormidas e
muito café, chocolate e coca-cola, chegamos vivos (ou melhor, quase mortos) na nossa Premiere. Como infelizmente ninguém atendeu ao meu pedido em vir assistir ao vivo, publiquei os filmes online! Olhá só que camaradagem! Não vão nem ter que pagar o ingresso! Os títulos dos filmes que vou apresentar são:

"Captain Teddy" e "The Room"

Captain Teddy: Uma jovem mulher reencontra uma parte de seu passado e deve decidir-se entre mantê-la ou deixá-la para trás.

The Room: Um homem tenta desesperadamente escapar da prisão da sua própria mente.

Gostou? Então assiste vai! Aqui vão os links:


Assim que der, publico o vídeo com alta qualidade no vimeo.
Perdoem-me o micro post, assim que tiver mais tempo publico um mais decente!

Agora deixa eu correr porque literalmente, já estou atrasado! =)

Amo vocês!


domingo, 20 de junho de 2010

Reta mais que final

Sim. Passaram-se três meses! Estamos na última semana de escola... Para variar só um pouquinho, adivinha? Isso mesmo, continua uma loucura. Para melhorar a situação, nossa premiere é sábado que vem, o que significa que eu vou ter uma semana para terminar o projeto final. Lembra aquele que eu mencionei no último post? Então, vou publicar assim que tiver finalizado. Confesso que já está me dando aquela dorzinha, sabendo que alguns dos meus colegas não vão ficar para o estágio e voltar para os seus países. Dá pra imaginar eu sentindo falta dos americanos que nos primeiros posts eu chamei de frios e insensíveis? Hehe Acho que espalhei um pouco da minha brasilidade pra eles e absorvi um pouco da americanidade (invento a palavra que eu quiser!). Então, já que não coloquei fotos no último post e fui mais uma vez AMEAÇADO subjugado, exposto e humilhado pela minha irmã (exagero o quanto quiser também!), estou colocando a foto do poster que fiz para a Premiere de sábado que vem (Lembra da Mirian? Ela é a menina na foto do poster). O tema da noite é clássicos Noir e o ingresso é só um dollar, viu só? Não vejo o porque de não pegar um avião rapidinho e vir pro Havaí, um dollar! Você está convidado. Hahaha, to rindo da minha própria piada. Mas sério, não iria ficar triste caso vocês viessem me prestigiar. Principalmente você Rafaela Albuquerque Seino (adiciono o nome que quiser!). Sim, indiretinhas já! kkk Baby, duas semanas. Pensa bem, vai. Ok, Parei. Sei que estou bobinho demais nesse post, por isso que vou parar por aqui.

Parei por aqui.

Se alguém reclamar do tamanho do micro post meto a mão na fuça! Sim, Talis, faço o post no tamanho que quiser!... Brincadeirinha! Mas meto mesmo!

ok. Parei de verdade.

domingo, 13 de junho de 2010

Quase lá!

Graças a ameaça pública feita pela minha irmã no Orkut, resolvi tomar vergonha na cara e desempoeirar esse prisócolis (Não me pergunte, não sei o que significa. Acabei de inventar)

Com tanta coisa em tão pouco tempo, fica difícil saber por onde começar. Mas prometo tentar não ser superficial.
Bom, lembro que no último post, anos luz atrás, comentei sobre a experiência de dirigir meu primeiro projeto.Enfim, o feedback foi super positivo, o que me deu a energia que eu precisava para o próximo projeto, que por sinal, merece um parágrafo separado:

Parágrafo separado: Depois de dirigir a comédia com a Miriam e o Hanniel, dois alunos da escola de atores (escola que acontece paralelamente a escola de cinema), me entusiasmei com a experiência. Nessa última semana, nosso professor contou algumas das suas histórias como dublê, ator e diretor em Los Angeles. Um dos seus exemplos, inclusive, contribui para que eu entendesse qual é, de fato, o papel do diretor. Imaginem um barco. Toda a tripulação sabe o seu destino final e a rota que têm de tomar. Porém, no caminho, pequenos ajustes precisam ser feitos para que o barco não perca o controle, certo? Quem controla a vela, não é o diretor. Quem mantém o barco limpo e organizado e com comida para a tripulação também não é o diretor. Ele, porém, deve estar seguro de que a tripulação está na rota correta, mesmo ciente que pequenos imprevistos sempre acontecem. Fica bem mais simples com o exemplo, né? Enfim, o diretor não tem controle absoluto do que acontece no filme, isso é impossível. Cada indivíduo envolvido na produção de um filme tem uma história de vida, que de alguma forma afeta o resultado final. Isso é ruim? Não, de forma alguma. A diferença é que ele carrega um pouquinho de cada pessoa envolvida. Ou seja, é um trabalho em grupo. Enfim, achei tudo isso bastante interessante. Aquela idéia de que o diretor deve ser um tirano e Deus absoluto simplesmente não funciona. Muitas vezes, o diretor deve dar liberdade o suficiente para que assim ele possa ter controle da direção. Mas deixa eu voltar aonde tinha parado. O PROJETO. No último sábado, terminamos a gravação do maior projeto da escola. A turma foi dividida em equipes de 4 e 5 pessoas. Cada equipe, teve que gravar os projetos de todos os integrantes. Por exemplo: Na minha equipe tinham dois canadenses, duas americanas e um brasileiro muito gente boa (eu, a propósito). Cada um dirigiu o próprio projeto e delegou funções para os outros integrantes. Eu fui o diretor do meu próprio curta, operador de som em mais dois e diretor de fotografia no restante. É por esse motivo que essa semana foi tão intensa. Todo o processo de pré produção foi muito "AHHHHH!" exatamente, essa é a palavra (ou melhor, efeito sonoro) que escolhi para explicar como foi esse processo: "AHHHHH!". Entendeu, né camarão? (de novo essa história de camarão???). Algumas tarefas que são incluídas na pré produção, são: Planejamento de locação, lista de cenas, storyboard e mais um bocado. O restante acontece na produção e na pós produção. As gravações aconteceram de forma relativamente boa. Pelo menos ninguém matou ninguém, o que já é algo muito bom. Um pouco de stress sempre acontece, é claro. Mas nada que comprometa o ritmo do trabalho. Enfim, gravei o meu em dois dias e aprendi muitas coisas: Primeira: É difícil dirigir crianças. Trabalhei com oito delas no set, já que uma das cenas acontecia em um orfanato. Elas são incontroláveis! Graças a Sarah, que foi minha primeira assistente de direção, meu couro foi salvo. Ela dirigiu as crianças enquanto eu estava com o foco nos protagonistas. Mesmo assim, durante algumas cenas, uma ou duas escapavam do controle dela e se agarravam que nem macaquinhos na grade do "orfanato". Mas confesso que me diverti muito =) Segunda: Tudo pode acontecer! Durante minha gravação começou a chover e as crianças começaram a ficar cansadas. E agora? Se vira! A propósito, como já mencionei em outro post, descobri há um bom tempo que não adianta ser quadrado. Mas, fico feliz pelo processo de pré produção. Dizem que cada minuto mal gasto na pré-produção, consomem 15 minutos na produção. Portanto, nada como boas horas gastas no planejamento.

Para o próximo e último projeto, apenas 4 curtas serão produzidos. Fico feliz que fui um dos alunos selecionados! Ehh, uhuul, viva! (ok, parei). Fiz dupla com um camarada canadense, em um projeto que tem como tema a fé (de uma forma bem pouco convencional). O projeto é bastante conceitual e se passa em um quarto. O quarto representa a mente do protagonista, que tenta desesperadamente escapar da prisão que ele mesmo criou. Confuso? Nem tanto. Acho que vai ficar mais fácil quando eu postar o projeto pronto =) Mas até lá, vamos ter uma semana intensa de produção. Ah, a propósito, nossa escola termina em duas semanas e meia, dá pra acreditar?

Família: Tali, meu amigo disse que vc me ligou... Bom, pelo menos o número funcionou, né! Mãe, pai e mano, quero ver se ligo esse final de semana.
Rafa: 1 ano e 3 meses hoje! Sim, eu lembrei =) I love you, baby! No matter what! Actually, I love you more than ever...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Another week!


Triplo post? Uau, radical! (Mais uma riminha boba para não perder o costume). Não deixem de ler os dois posts anteriores...

O tempo passa, o tempo voa, mas a cabeça do Rafa continua uma bolha. (tá bom, parei!)

Essa semana foi o cão! Dirigi meu primeiro projeto, o que foi um desafio e tanto. Até então, tinha me dedicado à direção de fotografia e operação de câmera, área que me sinto naturalmente mais confortável. Mas, a experiência de dirigir foi muito gratificante! O foco do diretor é, basicamente, os atores. Dããã. Eu sei que é óbvio... Mas ele deve criar o clima mais favorável entre a equipe em que está trabalhando (diretor de fotografia, operador de som, dolly grip) com os atores. Portanto, é um trabalho bastante intenso. Minha auxiliar de direção (responsável em pedir silêncio no set, dirigir os figurantes e coisas do tipo) me ajudou muito nesse projeto. Bom, duas coisinhas que eu aprendi durante esse processo. Primeira: Atores não devem envolver-se com os problemas do set. Isso com certeza prejudicará o seu desempenho. Segunda: Os atores precisam se sentir desafiados e motivados ao mesmo tempo. Comentários do tipo: Muito bom! Muito bom! MAS, você ainda não me convenceu com a sua atuação. Que tal fazer isso isso e isso? Essa dica é FUNDAMENTAL. Ator que não é motivado e desafiado não funciona. Bom, como o meu projeto era uma comédia, tive que tentar explorar algumas estratégias para tentar estimular os atores. Uma delas, por exemplo, foi gritar coisas do tipo: VAI VAI VAI!! MIRIAM! ENERGIA! ENERGIA! CANTA MIRIAM, CANTA! PULA MIRIAM, PULA! Essas coisas... Imagina a cara das pessoas a minha volta! O que esse brasileiro está tentando fazer? Enfim, funcionou... hehe. Pelo menos ou gostei do resultado. Amanhã vou ter o meu feedback. Se for uma porcaria, vou dizer que foi culpa dos atores. Brincadeirinha!
Tivemos também durante a semana, uma oficina de maquiagem. Dá uma espiada nas fotos do post! Confesso que me segurei para não mandar para minha mãe dizendo: Mãe, foi só um cortezinho, vou ficar bem! Hehe Seria tragicômico ver a dona emy pensando que fui atacado por um tubarão, ou qualquer animal selvagem havaiano! Ahh, outra coisinha, utilizamos sangue artificial profissional. Caraca, se não fosse tão caro eu compraria sempre pra comer com pão! Sério gente, é muito gostoso. Quando contei para o pessoal que o sangue tinha um gosto bom ninguém acreditou. Problema é deles, sobrou mais sangue pra mim.

Essa semana, estudaremos planejamento de produção (você iria adorar Pri!). Vai ser o óh do borogodó!

Mãe, não deu pra ligar =/ Quero ver como vai ser semana que vem.
Tali! Obrigado pelo email =) Foi RADICAL!
Núcleo Criativo e Painel: Saudades! Como vocês estão???
Baby: O primeiro mês inteiro??? Poxa baby, fiquei com dó =/



3D!


3D!

Acostumem-se com essa realidade! A produção de filmes em 3D está simplesmente bombando no mundo inteiro. Essa, com certeza, promete ser umas das próximas tendências que vão invadir todos os meios de comunicação. As estatísticas estão muito a favor daquilo que já está virando febre mundial. Só para esse ano, mais de 32 filmes estão sendo produzidos para serem assistidos em 3D! Em um gráfico comparativo que analisamos hoje, a maior bilheteria nos filmes em que você pode assistir tanto em 3D quanto em 2D, pendem consideravelmente para a experiência com os óculos... E não é só no cinema não! Já existem empresas desenvolvendo televisores e emissoras que enviarão sinais para que a experiência tridimensional possa ser desfrutada em casa.

Alguém além de mim acha golfe um tanto tedioso de ser assistido na tv? Bom, a experiência de assistir golfe com os óculos é simplesmente EXCITANTE! E é justamente esse tipo de entretenimento que as empresas querem oferecer aos consumidores. Os óculos, terão os mais variado tipos de tecnologia. Um deles, por exemplo, o shutter glasses (foto do post), tem um dispositivo eletrônico que consegue sincronizar digitalmente a frequência de duas imagens enviadas pela televisão para que cada um dos olhos veja uma imagem diferente, consequentemente dando essa impressão tridimensional. Acredita-se inclusive que os próprios computadores terão dispositivos para que você consiga ver imagens tridimensionais no seu laptop. E não pensem que isso é coisa para muito tempo não. Muito disso já está sendo produzido. Imagina que loucura? Além de poder mexer o mouse para a vertical e para a horizontal, você vai poder movê-lo para dentro ou para fora de tela dando essa ''ilusão'' de profundidade. Alguns Blue ray players (ah, esqueça os DVDs também, o Blue Ray definitivamente também já está dominando o mercado) já vem com o recurso: ''Pronto para 3D''. Ou seja, as empresas já estão se preparando para uma tecnologia que vem para ficar. Caso você esteja se perguntando: Bom, o 3D já é antigo, porque até agora ele não decolou? Basicamente porque só agora eles chegaram a um nível, graças a velocidade da evolução digital, em que o processo se tornou acessível e eficiente. Já parou para pensar o quanto isso vai afetar nossa percepção da realidade? Como o próprio pai do Blockbuster Avatar disse: No 3D, não existe TELA. E é exatamente isso! A idéia de estarmos limitados em um frame retangular, medido apenas por altura e largura já não existe, agora se tratam de objetos dispostos em uma espaço entre a ação do filme e o espectador. A intenção na verdade, é que o espectador FAÇA parte da ação. Imaginem os vários anos de história da arte e do cinema, limitados dentro de duas dimensões, sofrendo um processo de evolução e adaptação para uma nova dimensão! Não parece coisa de ficção científica? Porém, para que essa nova tecnologia seja convincente, vários ajustes devem ser feitos no processo de concepção de um filme. O famoso ângulo sobre os ombros, utilizado durante mais de 60 anos de cinema nas cenas de diálogo, simplesmente não funciona em 3D! Cortes secos de um ângulo aberto para um close-up também não funcionam mais. As transições nas cenas precisam ser suaves já que a percepção das três dimensões acontece de forma fisiológica. Nosso cérebro deve-se acostumar com a imagem em 3D em cada cena. Vou tentar ser mais prático: Coloque o seu indicador na frente dos seus olhos e aproxime e afaste ele do seu rosto. Perceba que quando ele está perto, seus olhos aproximam-se a fim de focalizá-lo melhor. Imagine fazer essa brincadeirinha durante uma hora e meia? É exatamente isso que acontece com os nossos olhos todas a vez que um objeto em um filme 3D salta da tela. Por isso, existe inclusive um limite de vezes em que os objetos podem se aproximar da tela para que o espectador não sinta literalmente tontura e dores de cabeça (sim, muitas pessoas sentem-se desconfortáveis com dores de cabeça durante as sessões em 3D). Por esse e muitos outros motivos, é que a produção em 3D exige um minucioso processo de estudo. Essa adaptação vai afetar nossa percepção dos filmes, estabelecida por anos! Algumas empresas, como Sony, por exemplo, estão investindo pesado no treinamento de profissionais para estarem prontos para esse novo universo.
Portanto, esteja preparado para essa nova dimensão, que logo logo vai fazer parte do nosso dia-a-dia.


Meio caminho andado!

Já estou quase na metade do teórico da escola! Dá pra acreditar? Porque sinceramente, eu não estou acreditando... A pressão aumentou mais um pouco (conta uma novidade, Rafa) e começamos finalmente nossas aulas de direção. Nosso professor tem contado um pouco das suas experiências no mundo cão do cinema. Acreditem, é coisa para maluco. Uma delas, por exemplo, aconteceu quando ele estava trabalhando em um projeto para a Century Fox. Os custos iniciais tiveram que ser radicalmente reduzidos e o prazo para conclusão era apertadíssimo. Mesmo assim, ele aceitou o desafio. No final do projeto, porém, a equipe de marketing decidiu que o filme seria destinado a adolescentes, o que exigiria que os diálogos e a história fossem adaptados para o público-alvo. Moral da história, ele foi obrigado a ceder às exigências da produtora, comprometendo completamente o trabalho. E é assim que acontece. Como o diretor tem seus direitos ao assinar um contrato, legalmente eles não podem ser demitidos durante a produção de um filme. O que a produtora faz então, é criar todas as situações para que o próprio diretor desista do trabalho ou então, ceda às suas exigências (e passar como um bom rapaz, mesmo com um resultado pouco satisfatório). Ele escolheu a segunda opção. Enfim, ele está decidido a não trabalhar mais dessa forma, é claro. Se vocês tiverem interesse em coferir, mesmo assim, aqui vai o link do trailer oh! ---> http://www.youtube.com/watch?v=tQrfaRFucbI

Bom, ainda tem muita coisa pela frente e com certeza terei mais experiências pra contar. Mas deixa para o próximo post... =)

Como prometi na última vez, aqui vai a sugestão da semana!

Dancer in the dark!

Antes de colar aqui a minha crítica do filme, quero fazer algumas observações. Para quem ainda não assistiu, esse é um filme bastante pesado. Sabe aquele filme onde você fica observando a tela durante vários minutos enquanto os créditos sobem lentamente? Esse é DEFINITIVAMENTE um daqueles (multiplicado por 10). Portanto, esteja literalmente preparado psicologicamente para essa experiência. Ahh, por favor não se esqueçam que os protagonistas da história não são necessariamente profetas da verdade. São apenas projeções das verdades em que acreditam os cineastas. Isso vai ajudar bastante nesse filme.
O papel principal é desempenhado por Bjork. (conhecem a cantora meio maluca, cujas músicas são ainda mais malucas? Particularmente, acho ela genial!). Então, nesse que foi o seu primeiro filme, ela recebeu uma indicação ao Oscar. Fraca a bichinha, hein?

Aqui vai a crítica:

Visualmente, ''Dancer in The Dark'' é um triunfo. De forma irônica, porém genial, o filme utiliza o próprio “desastre”, à seu favor. Esse ensaio tem como objetivo argumentar sobre o poder que as técnicas de fotografia utilizadas no filme tem de questionar a própria cosmovisão da audiência. A aparente insanidade e total subversão aos padrões de qualidade cinematográficos, ganham proporção simbólica e torna-se um dos principais elementos da narrativa.

Os clipes musicais, minuciosamente ritmados e sincronizados, mostram cores saturadas em sequências bem elaboradas. Todo cuidado é tomado para que o ''sistema de fuga'' criado pela protagonista (Bjork) seja apresentado de forma real. Porém, o inesperado, mas talvez o mais eficiente elemento do filme, acontece justamente após as sequências “idealizadas” na mente de Selma, quando o espectador, depois de alguns minutos absorto em um mundo de fantasia e conforto, é brutalmente exposto à realidade cruel da personagem. Essa abrupta interrupção apresentada na trama, revela a tendência natural humana de ''fuga'' e busca de refúgio e alívio em falsas interpretações do universo à nossa volta. Nossas crenças são colocadas à prova quando decidimos fugir ao lado de Selma do seu mundo miserável para uma falsa, porém confortável realidade.

Através das técnicas visuais exploradas, o filme consegue afundar-nos em um mundo cru e miserável. Mesmo que a audiência sinta-se em vários momentos compelida a abandonar a sessão, o que a mantém sentada até o trágico final é a esperança de conforto, que nunca vem. De forma que simplesmente funciona, mordemos a isca oferecida pelo diretor, e sentimo-nos forçados a presenciar cenas de horror e realidade. Uma experiência que, definitivamente não é de entretenimento, mas de profunda reflexão.





segunda-feira, 3 de maio de 2010

Meu Brasil brasileiro!

Eu sei, eu sei. Já faz um tempão que não atualizo isso aqui. Portanto, esse vai ser um duplo post! Vou tentar me redimir com uma mega postagem contando sobre as últimas duas semanas.

Primeiro vamos à explicação do título: Por mais que aqui na universidade tenham alunos de todas as partes do mundo, ainda estamos nos EUA. O que justifica o fato de uma grande parte de alunos ser americana e canadense. Não é estranho também, o fato de eu ter sofrido nas primeiras semanas um leve choque cultural. Mas vamos explicar melhor, caso esteja confuso: Como bom brasileiro, estou muito acostumado a tocar e abraçar as pessoas que eu gosto. Pois é, os americanos e canadenses nem tanto. Não que isso seja ruim. Mas a longo prazo você acaba sentindo falta. Sabe aquela coisa que você só percebe depois que perde? Então, outro dia uma brasileira me encontrou durante o almoço (lembra da sul coreana que eu encontrei no aeroporto?) e a primeira coisa que ela falou ao me ver foi: Rafa! Me dá um abraço!... Exatamente. É sobre isso que eu estou falando. A gente sente falta mesmo! Mas o pior não é só isso (bom se fosse), mas o fato é que na verdade eles não se preocupam muuuito com os outros. Digo, eles são muito amigáveis e gente boa, mas sabe aquela camaradagem brasileira? Aquele joguinho de cintura de uma mão lava a outra? Pois é, para alguns aqui a filosofia é mais parecida com: Nasceu quadrado? Não? Então se vira! É claro que, graças a Deus, sempre tem as exceções. Estou tentando me relacionar JUSTAMENTE com as exceções. Enfim. Essa semana estou melhor. Ou pelo menos mais conformado com a situação. Confesso que os latinos aqui na Universidade (só brasileiros são 21!) estão ajudando muito. E olha só! Já marcamos um strogonoff semana que vem na casa de uma staff aqui da base. Brasileira, é claro. Sobremesa: Brigadeiro! Sim, panelinha de brasucas no Havaí, tinha como ser melhor?
Vai então a dica: Aproveite tudo o que o nosso maravilhoso país tem a oferecer: A música, o calor, a cor e a vida! Sobre a sujeira (a desigualdade social, a violência, a prostituição e mais um bocado), coloque um MPB de fundo, pegue uma vassoura e comece a varrer pra bem longe. Afinal de contas, somos muito bons em resolver problemas. Basta estarmos dispostos para isso...

Essa semana, começamos a estudar escrita de roteiro e tivemos que terminar o nosso primeiro projeto para o curta. As aulas foram exaustivas! Mas extremamente produtivas. Estou definitivamente superando as minhas expectativas. Os professores também começaram a falar sobre as oportunidades de estágio. Fiquei muito entusiasmado com as opções, que podem ser aqui nos EUA mesmo (New York ou Hollywood) ou em outros países, como Inglaterra, por exemplo. Mas como já mencionei em outro post: Tudo depende. A indústria cinematográfica é muito instável. Mas ainda tenho tempo até ver o que vai acontecer. Até lá: ESTUDAR E ESTUDAR!

Filme da semana!
Sim! A partir de agora, vou publicar no final de cada post uma sugestão da semana. Porque?

Porque esse período de escola tem sido para mim, um campo fértil para todos os tipos de debates. Um dos temas que mais discutimos, é sobre o poder de influência do cinema na sociedade. Essa influência pode acontecer de forma negativa ou positiva. Dããh! Até um camarão sabe disso! (ãhm?? Eu sei, nem eu entendi o porque do camarão) Porém, esse processo não acontece da noite para o dia, mas tem acontecido ao longo dos anos. A música, a televisão e outras formas de comunicação tem contribuído para criar paradigmas, muitas vezes falsos, na mente das pessoas. Eu sei que a maioria de vocês já escutou esse blá, blá, blá todo e possa estar pensando: A onde esse camarão camarada quer chegar? A minha intenção, porém, não é chegar a lugar nenhum, mas sim, SAIR da inércia em que a sociedade nos colocou. Se você fizer o esforço inicial para deslocar-se do marasmo mental e começar a questionar um pouco o mundo a sua volta e as verdades que as pessoas tentam nos empurrar goela a baixo (à seco), posso garantir que você vai se deparar com coisas que você definitivamente não gostaria, mas que vão te libertar (Se conhecermos a verdade, ela nos libertará: Sabia que a Bíblia diz isso? Pois é, você deveria respeitar mais esse livro). E talvez um dia, quando você se olhar no espelho e perceber que se tornou um produto do seu ambiente e a pergunta "Quem sou eu, afinal?", finalmente martelar na sua cabeça, você saberá do que estou falando. Mas até lá, ouse pensar! Você pode ter a surpresa de descobrir que não é quem sempre pensou que fosse.
Para aqueles que não entenderam bulhufas do que escrevi acima, ou acharam que isso parece papo extra-terrestre, não se preocupe! Ainda há esperança para você camarão campeão! Prometo que vou tentar tornar as coisas mais claras com o tempo. Mas o passo inicial, é você quem toma! Toda a semana vou sugerir um filme. Não se preocupe, você vai gostar de assisti-los. O desafio, portanto, é o seguinte: Tente assisti-los com outros olhos e estimule-se a pensar. Lembre-se que PENSAR vai fazer toda a diferença.

A primeira sugestão da semana é:
500 Dias com Ela.

Porquê?
Aparentemente, o filme é só mais uma comédia romântica. Porém, de forma interessante, ele retrata a realidade de uma sociedade que não sabe o que é amor. O que aconteceria se duas pessoas que não soubessem o que é amar, se envolvessem sentimentalmente? Essa é basicamente a premissa que conduz o filme sob tensão até o final. A outra pergunta é: O que VOCÊ acha que é o amor?
Obs. importante!: Vai uma dica ao assistirem os filmes que eu sugerir! Tenham uma mente aberta! Não levem em consideração como verdades, os pontos de vista distorcidos apresentados pelos protagonistas, mas questionem-se o que o diretor quis retratar através dos papéis desempenhados na trama. Isso vai ajudar a evitar maus entendidos.

Fim! Não disse que ia caprichar no post?

Pai, mãe, mano, talis e companhia limitada... Não consegui telefonar! O final de semana foi cheio de trabalhos. =/ Espero conseguir falar com vocês semana que vem! Mesmo assim, saudades!

Baby! O teste não funcionou, tadinha! Te amo mesmo assim, tá linda? =)

Ahh! Vocês viram o camaleão na foto? Encontramos no final de semana na King's Mansion. Reparem como a cor dele muda de uma foto pra outra. Quando ele está irritado, seu corpo fica cheio de manchas escuras.