quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Contagem regressiva

Sim, meus queridos. 4 dias. Sabe aquela estranha sensação paradoxal, onde a relação tempo e espaço é totalmente subvertida em nosso pensamento, ultrapassando o limiar da consciência e atingindo a esfera do absurdo e transeunte? (eu sei que essa palavra não se encaixa de maneira alguma nessa frase, mas sonoramente achei bonitinha.) Não, eu também acho que não, mas é assim que estou me sentindo. Pra ser mais claro: O tempo passa rápido. Porém (é aí que vem o paradoxo) ao mesmo tempo em que o tempo passa rápido como o vento (gostei da rima estúpida), quando olho pra trás e penso nos meus primeiros dias aqui no Havaí me pego lembrando de coisas que parecem ter acontecido a três anos atrás! Tá vendo, aposto que você também já se sentiu assim. É tanta coisa que dá pra escrever um livro. Eu sei que essa frase é batida, mas não conheci ninguém que a utilizou e que chegou ao ponto de realmente escrever um. Eu pelo menos escrevo no blog. (de vez em quando...)

Tá bom, quase nunca.

Mas deixa eu voltar ao ponto, caramba! Não gosto quando vocês me distraem. Posso continuar? Obrigado.

Então, acabou o estágio! Caramba, quase perdi um dedão (sim, não sinto o meu dedão a mais de 5 dias), o cisco que está no meu olho a mais de uma semana está quase virando pérola (por favor, me deem dicas de como tirar ciscos de olhos, porque já tentei mais de... Deixa eu ver. Uma, duas... É, duas vezes.), meu cabelo parece a floresta amazônica antes da devastação. (aposto que Deus deve ter colocado algum DNA leonino no meu sangue, já que várias pessoas me disseram que eu pareço um nos últimos dias. Essa foi tosca. Ai!). Minha capacidade cognitiva se igualou à capacidade de um coelho, depois ter ter me pego calculando 700 x 2 na calculadora do computador. E pra finalizar, esses dias escutei meu estômago e meu intestindo conversando durante a madrugada sobre um possível atentado terrorista a minha boca, caso ela continuasse a enfiar aquela arma cancerígena chamada McDonnald's. Pois é. Por mais dramática que pareça a situação, ela é infelizmente real. Tirando a parte do intestino e do estômago, é claro. Porque... assim, estômagos não falam, falam? (silêncio constragedor... É nesse momento que minha mãe para durante alguns minutos a leitura, olha bem fundo nos olhos do meu pai e diz: Nosso filho precisa de ajuda).

Mas esse é o meu estado pós guerra. Muito disso eu admito que foi por conta de ser extremamente estabanado, desenfreadamente desesperado, inexoravelmente perfeccionista, e levemente exagerado. O meu último projeto finalmente está pronto.

Colocarei em breve o link para vocês assistirem. Nossa premiere foi ontem, e os feedbacks positivos vieram como um susurro de alívio. Descobri uma das melhores sensações na vida: Senso de realização. Sabe aquela sensação que no fundo não depende necessariamente da qualidade final do trabalho, mas sim na satisfação de ter terminado? Foi assim que me senti. O significado que o projeto teve pra mim, no fundo, vai valer mais do que o produto em si. Mas deixa esse papo pra outro post. Deixa eu só fazer um comentário? É claro que deixa, o blog é meu e faço o comentário que quizer. Ontem, depois da Premiere, esse cara veio até a mim: Poxa, foi você quem fez aquele filme e blá blá... Nossa, achei muito legal e blá blá blá. Eu já todo bobo, né. Cheio dos obrigados, e tals, valeus, pois é... então. Tudo bem. O cara continuou lá, na maior rasgação de seda quando de repente o meu amigo, que estava ao meu lado antes desse cara chegar pergunta do NADA pra ele. Digo, do nada porque foi do nada. Se não fosse do nada não diria que foi do nada. Mas enfim, ele pergunta pra sujeito: Pois é, eu também gostei e tal, mas assim, tu entendeu a história? Silêncio. Eu, na verdade, já tava esperando que o cara dissesse que sim, é óbvio. Como ele iria elogiar se não tivesse entendido, pára né. Mas mesmo assim continuei esperando, e nada... De repente, o sujeito começa com esse papinho: Ahmm... pra ser bem sincero contigo... (nessa hora minha cara já tava no chão, mas ele continua)... então, pra falar a verdade... eu não entendi não. silêncio. Olhares constrangedores.

mais um pouquinho de silêncio.

Rafa pensa. Rafa quase fala. Rafa não fala. Não sabia o que falar. Sinceramente, ele caminhou toda aquela distância até a mim (tá bom, devem ter sido só uns 10 passos) pra dizer que tinha gostado mas não tinha entendido??? Tudo bem. Bola pra frente a vida continua. Até o momento em que chega essa garota: Poxa Rafa, parabéns! Na lata eu pergunto pra ela: Desculpa, mas... antes de qualquer coisa, me diz se você entendeu. A resposta??? Rafa, esse não é o tipo de filme que se entende... (mais alguns minutinhos de silêncio). Pensei, será que ela tá dando uma resposta bonitinha pra frase: NÃO ENTENDI? A essa hora já não estava mais tão feliz não. Por isso eu digo: JOÃO SEM BRAÇO. João sem braço, o que diacho é João sem braço, Rafa? Deixa eu explicar. Eu vou colocar o link do filme aqui, certo? Nós somos amigos, não somos? Pra manter esse clima, finge que entende! Pronto! =) Eu não te pergunto sobre a história e a gente finge que todo mundo se entendeu no finals das contas... To brincando, também não é assim. Várias pessoas entenderam. Pelo menos uma entendeu, vai! (me incluindo na contagem).

Mas não quero assustar vocês não. Na verdade isso tudo é só uma estratégia de marketing pra gerar expectativa... (Aham, sei)


Mas pelo menos minha família vai ter que prometer que vai fingir entender, pode ser? Combinado, Talis?

Esperem que no próximo post coloco o link. Ainda hoje!

Senhoras e senhores, é com vocês: A Árvore da Memória! (Depois dos intervalos comerciais)

Ahh... Por isso que estou tão alegrinho! São 5 da manhã! É melhor eu dormir. Não contem pra minha mãe. =/

2 comentários:

  1. ficou MARAVILHOSO o video. Amei, simplesmente!!!

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  2. ah, fica sussi, nem é difícil de entender. Esses americanos que são uns tapados =0) (só não diz pra eles que eu disse isso)

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