segunda-feira, 19 de abril de 2010

O último suspiro de diversão...

Ok, ok. Agora chega. O clima ''colônia de férias'' termina com esse post. Isso mesmo, o último final de semana livre antes de começarmos o trabalho pesado e as filmagens está com seus minutos contados. Mas acho que valeu pelo ano inteiro. Visitamos lugares quentes! Não, não foi uma gíria boba, os lugares eram quentes mesmo. O primeiro deles foi uma piscina natural aquecida pela... ahmm, lava do vulcão? Não sei se era bem isso. Devo provavelmente estar exagerando para parecer mais radical. Bom, era uma piscina termal natural. Tiramos algumas fotos subaquáticas e fizemos um videozinho, que está logo abaixo do post! Dá uma olhadinha =) O segundo lugar quente era uma sauna natural. Deu pra perceber que tudo aqui é natural. Bom, talvez eu não devesse dizer a mesma coisa da comida, mas enfim, a sauna era muito quente. Fica meio difícil de descrever, mas era um buraco no meio de uma rocha, que exalava um calor quente (redundância proposital para enfatizar a calorância do calor quente). O terceiro lugar que visitamos não era quente. Pelo contrário, era muuito frio. Não, vocês não entenderam, um frio de esfriar mesmo! No inverno, as barras de metal do observatório podem criar placas de gelo, que podem soltar e te matar machucar gravemente. Ah, a propósito, era um observatório. Na verdade, o observatório mais alto do mundo. Ficamos lá até o por do sol. Imagina a feiura? As estrelas então! Não sabiam que tinham tantas no céu. Sério, estupidamente lindo. São nesses momentos que eu pergunto a Deus como é que ele consegue fazer essas coisas! Ele precisa me ensinar, o difícil vai ser aprender... Depois de 12 horas e muito cansaço, voltamos para a escola.
Chegando no quarto, fiz o ritual clássico do urso em menos de um minuto: Banho, pijama, dente e cama. Só fui descobrir quem eu era no dia seguinte.
Bom, mas vejam o vídeo e as fotos!

Hasta meus amores...

P.S.: Baby, te amo mesmo sabendo que você estava com a mão no vermelhinho (piada interna)...

























quinta-feira, 15 de abril de 2010

Curta o curta!

Here I am one more time! Hoje tivemos uma experiência muito legal. Cada aluno da turma teve de apresentar uma idéia para o nosso primeiro projeto. Depois, os professores analisaram friamente cada uma delas e nos deram o seu ponto de vista. Na verdade, algo que eles deixaram bem claro logo no início da escola foi: Seremos tratados de forma bem profissional. Portanto, eles tentarão ser muito sinceros conosco. Caso eles não gostem, ou achem que a história pode não funcionar, farão questão de deixar isso bem claro. Ouvi falar que vários alunos passam a odiar os professores por conta disso =/ Bom, mas é assim que funciona, não é? Se você não está pronto para ouvir críticas, é melhor procurar outra profissão. No cinema isso é ainda mais sério. Sua história, provavelmente carrega muito de você: Suas convicções, história, crenças, entre outros valores pessoais. Tudo isso torna as críticas ainda mais difíceis de serem ouvidas. Mas, por mais que a indústria cinematográfica possa parecer injusta, é assim que ela funciona. Felizmente, ou infelizmente, dependendo da sua perspectiva. A questão é: Esteja preparado a ouvir críticas. Isso vai ajudar muito! Enfim. Apresentei a minha idéia e gostei da reação. Os professores me perguntaram se eu havia planejado fazer dela um longa metragem, já que ela tinha "potencial" para isso. Confesso que fiquei bastante feliz. O desafio agora, vai ser reduzi-la para a forma de um curta. O tema é bastante simples, aproveitei algumas idéias que eu já havia tido e misturei com algumas outras situações. Lembram da Teresa? Então, ela de certa forma serviu como inspiração. A história é conduzida por uma idosa, cujo marido já é falecido. Ela é uma pessoa normal e tem uma vida bastante solitária. Certo dia, ao caminhar na calçada, encontra algo brilhante no chão. Ao se aproximar, descobre que é uma aliança de casamento. Dois nomes e uma data é tudo o que ela tem. Essa idosa, parte então em uma jornada a fim de descobrir quem são aqueles dois, cujos nomes estão gravados na aliança. Ela encara a situação como um desafio. Na verdade, como uma forma redentora de livrar-se da culpa pela forma passiva e indiferente que tem conduzido sua vida. Será que essa era a motivação que ela precisava para voltar a viver? Essas são algumas das questões que serão exploradas no filme.
Bem simples, não? O conceito por trás da história está na idéia de que, circustâncias simples da nossa vida, podem mudar completamente o seu sentido. Ainda não pensei muito nos detalhes, mas tive que descrever algumas cenas que tinha na minha mente para os professores. Uma delas, por exemplo, acontece com a idosa na frente da casa do casal (ela conseguiu suas informações depois de procurar pelo nome nos registros do casamento). De fora, ela percebe que a mulher está se desfazendo de algumas coisas, como por exemplo, fotos do casamento e cartas escritas quando ainda namoravam. Ela pega essas fotografias e sem que nenhum dos dois saibam, ela começa a mandar correspondências para o casal com as fotos e cartas do seu passado feliz . OK OK UMA GRANDE PAUSA AQUI. Desculpa interromper o clima da história, mas acabou de acontecer algo engraçado aqui no quarto. Bom, estava aqui concentrado escrevendo, quando de repente escuto alguém batendo na porta. Digo: Hanniel, têm alguém batendo na nossa porta! E ele responde: Não, man, eu acabei de peidar... Desculpa, mas estou rindo por que o som foi muito parecido com o de alguém batendo na porta. Mas voltando a história... A idosa tenta de várias formas unir aquele casal, afinal de contas, ela é idosa! COMO ASSIM ELA É IDOSA?? Isso não explica nada, Rafa! Calma, meu amado, calma. Ela é idosa, portanto, sabe o que é um casamento duradouro e principalmente sabe o que é conviver com uma pessoa que, em vários momentos, pensa de forma diferente. Ahh, agora entendi, Rafa! Você quer dizer então que a idosa é uma conselheira de casais? Não. Não exatamente isso, meu querido. Mas digamos que ela tenha bastante experiência de vida, entende? É isso! Praticamente isso... Espero que tenham entendido mais ou menos.
Ahh! Hoje, nosso último companheiro argentino de quarto chegou. Mais um para falar espanhol. Ah, tivemos também noite do filme. Assistimos The Fall. O nome em portugês eu não sei (google it!), mas adianto: O filme é estupidamente lindo! Se você tem algum conceito sobre a fotografia em um filme, com certeza ele vai mudar depois de assistir the fall. Em alguns momentos, o filme também me lembrou O pequeno príncipe. Os simples conceitos de uma criança, podem ser complexos para o mais entendido adulto (quem assistir vai entender). Enfim, se quiser ganhar algumas horas na sua vida, assista. Eu descreveria o filme como um spa para os seus olhos. Para vocês terem idéia, ele demorou 4 anos para ficar pronto. Todas as locações são REAIS, esqueça a tela verde. Além do mais, foi filmado em mais de 18 países. Além de toda essa parafernália visual, ele tem uma história profunda. E linda tmabém!

Bom, agora chega. Desse jeito pode até parecer que eu não tenho mais nada pra fazer além de escrever no blog.

See you later alligator!

P.S: Alguém tem notícias da minha namorada? Será que ela foi abduzida? Baby, cadê você? Mesmo assim, te amo! =)

ponto final

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Teresa

Ainda tenho 2o minutinhos antes de sair correndo para as reuniões matinais de segunda feira. To aproveitando para escrever um pouquinho. Bom, esse final de semana foi muito bom. Consegui falar com meus amados latinos e matar um pouco a saudade. Além do lazer também tive que fazer alguns trabalhos. O primeiro foi um exercício simples de observação. Tivemos que escolher uma vítima, observá-la (sem que ela percebesse, é claro)e criar a sua história. Enquanto estava no restaurante engordando, escolhi a minha: Uma velhinha de uns 75 anos. A história que fiz pra ela? Tadinha. Matei o marido dela de câncer e disse que ela estava tentando enfrentar os traumas do passado aqui no Havaí. Mas até que ficou convincente. Fiquei até com um pouco de pena dela depois de tentar realmente imaginar o seu "passado". Para quem quiser, to colocando aqui o caso da coitadinha. Lembre-se que é de mentirinha, hein!

Seu nome é Teresa. Seu olhar cansado e a pele enrugada já não conseguem mais esconder os seus 75 anos de vida. A educação rígida que teve na infância acabou tornando-a uma pessoa fria e de poucos amigos. Seu único filho raramente vem visitá-la. A relação entre os dois nunca foi muito próxima. Seu marido, porém, de alguma forma que ela nunca conseguiu explicar direito, era o único que conseguia fazê-la sorrir como uma criança. Havia algo no seu jeito que contagiava todos a sua volta. Mas ele já não estava mais aqui. Um câncer terminal acabou tirando de Teresa aquilo que ela mais amava. Ela ainda carregava as lembranças do passado, mas elas vinham como fantasmas tentando atormentá-la nas noites de solidão. Havia se mudado para o Havaí para tentar voltar a sonhar e encontrar uma motivação de vida depois da sua terrível perda. Vendeu sua antiga casa e juntou suas economias para mudar-se para o lugar que todos chamavam de paraíso. Talvez fosse realmente isso que ela precisasse para voltar a viver. Mas suas tentativas pareceram não causar efeito. Gastava longas horas cuidando de suas flores no pequeno quintal de sua casa e no restante do tempo, procurava se distrair caminhando pela cidade. Nos finais de semana, gostava de almoçar olhando o mar no seu restaurante favorito. As pessoas a sua volta faziam com que ela não se sentisse tão só. Mesmo depois de terminada a refeição, Teresa ainda ficava vários minutos apreciando a vista e sentindo a brisa suave do mar. Havia algo no horizonte que sempre chamava a sua atenção. Ela nunca soube o que era. Talvez, quem sabe, fosse aquela esperança de que talvez um dia ela ainda pudesse viver a vida feliz que tivera ao lado do seu marido.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

É fogo na roupa!

Hoje, como acontece com todos os novos alunos, recebemos as instruções da escola. No primeiro momento, todos os calouros se reuniram para ouvir as recomendações. Depois, cada curso foi para uma sala de aula para as explicações específicas. Nessa reunião coletiva, estavam presentes aproximadamente 350 alunos e nos perguntaram quem havia feito a viagem de avião mais longa. Adivinha quem ganhou??? Pode pensar mais um pouquinho, vai. Ok, foi um sul coreano, que disse que tinha demorado 57 horas pra chegar até aqui! Só depois, porém, descobrimos que ele não havia entendido a pergunta e respondeu a própria idade. Tadinho, deu pena. Mas deram um presente por consideração, afinal de contas ele está aqui pra aprender inglês. Mas então quem foi o vencedor? Se você chutou um japonês, errou. Fui EU. O mico foi ter que falar o tempo da viagem na frente de 350 pessoas. Mas ganhei um livro de fotografia. Viu só! Tudo vale a pena, até as incansáveis horas no aeroporto.
Nesse dia também nos orientaram sobre o que, e o que não fazer. Vale a pena contar um caso REAL que aconteceu aqui na universidade. Existem nas praias da região uns bichos que eu não consegui entender o nome em inglês, acho que são águas vivas, que podem inclusive estar mortas, não importa. Mas caso você pise nelas, o melhor a fazer é... Um minuto de silêncio... fazer xixi onde você encostou. O pior ainda vem: Uma estudante certo dia pisou em cima de uma mas disse aos amigos que não queria fazer xixi no próprio pé (eu também acho que não gostaria). Um aluno, muito solícito, ofereceu-se para fazer o serviço sujo. Como bons cristão, todos fecharam os olhos durante a mijada o procedimento médico. Final da história: Eles se casaram! Imagina contar a história pros filhos! Então meus filhinhos, mamãe nunca vai esquecer nosso primeiro encontro lá no ensolarado Havaí, quando o papai fazia carinhosamente xixi no meu pé! Bléhh!! Uma história no mínimo... Não achei uma palavra pra descrever...

Enfim, depois das instruções, cada curso foi para a sua sala de aula. Tivemos as instruções iniciais sobre o curso e fiquei sabendo que realmente o meu curso é um dos mais puxados da universidade. Não são toleradas desculpas nem atrasos. Por isso o título: É FOGO NA ROUPA! Sobre o material didático, nada de mais! Começamos apenas com um livro de... mais um minuto de silêncio.. 800 páginas que temos que ler em inglês. Achou gostoso? Bom, eu não. Confesso que estou em pânico meio assustado mas tudo bem! É só o primeiro dia! AHMEDEUDUCÉU!

Hoje a noite, teremos a festa de abertura! Devemos ir cada um com uma roupa que represente a própria cultura. Vai ser muito bom. Estou louco para que vocês vejam as fotos! Só falta eu tirá-las. =/
Mas prometo que ainda vou fazer. Quero fazer um campus tour em forma de vídeo em breve, acho que talvez fique mais fácil.

Baby, mãe, pai, família e cachorros... Está difícil conseguir fazer ligações. Outra coisa complicada é o fuso horário. Quando termina minha aula todos já estão dormindo! Mas vou tentar falar com vocês esse final de semana. Fiquem ligados.

Bom, eu estou indo! E lembrem o que fazer quando pisarem em uma água viva. Só não peçam pra mim, por favor!

O fim do início de uma jornada...

Bom, eu sei que a pouco tempo publiquei um post, mas esse aqui precisa de uma atenção especial. Com toda essa correria de aeroporto, cheguei a algumas conclusões que vou citar aqui como,digamos, um guia:

primeiro: Não confie no número do portão indicado no bilhete de passagem. Jamais! Eles são meros números de caráter exclusivamente decorativos, escritos por pessoas com cargos que também deveriam ser assim considerados. Mais uma vez: Leia o número do portão de embarque. Agora que leu, esqueça-o! Poupe espaço no seu cérebro para memorizar um telefone de emergência, por exemplo.
Segundo: Decore o seu nome. Esse sim você deve saber muito bem, caso você passe pela mesma situação que passei quando o meu foi anunciado no sistema de som do aeroporto: Rafael
Januário, essa é a sua última chamada para o embarque no vôo com destino a Nova York. Rafael Januário! Última chamada, por favor compareça ao portão 4B. (lembra do número do portão no bilhete de passagem? Eu confiei no idiota)
Terceiro: Já que você tem pernas, trate de usá-las! Corra o máximo que puder até encontrar o portão correto para o embarque.

Simples asism! Se você seguir essas três dicas, sua vida será muito mais tranquila.


Bom, mas após o drama de quase ter perdido o vôo e ainda assim estar fazendo gracinha da situação (por mais que na hora não tivesse sido nada engraçado, visto a expressão de pavor mórbido estampada na minha face), aqui estou eu, são e salvo e bem alojado na minha nova casa, em Kona, Hawaii! Mas, vamos voltar ao início para ficar bem expricaaado.

Depois das aproximadamente 10 horas de viagem até nova iorque, cheguei naquilo que parecia uma versão ao vivo dos filmes de Hollywood. A cidade, vista de cima, não pode ser melhor descrita como: O que muito dinheiro não é capaz de fazer! Tudo parecia perfeito, quase até de mentira. Todas as casas tinha piscinas, arvorezinhas e carros brilhantes no quintal. Um exemplo vivo de extrema prosperidade. No aeroporto então, era impossível ser mais americano. Eu sei que esse comentário é idiota, mas era realmente estranho ver todas as pessoas falando inglês, assistindo notícias na CNN sobre os escândulos sexuais do Tiger Woods, tomando Starbucks e comendo McDonnald's. Tem como ser mais americano do que isso? É estranho, não sabia que os americanos eram tão... americanos! Se não está fazendo sentido, abstraia. É que realmente foi pra mim uma experiência singular. Bom, saindo de Nova Iorque, mais seis horas de vôo até Los Angeles. O grande destaque nesse longo trajeto, onde sobrevoei vários estados país, foi o Grand Canyon. Disso os americanos não podem se orgulhar, porque não foram eles que construíram. Pensem em uma fenda gigante no meio do nada. Digo, gigante! Realmente tive que entortar meu pescoço várias vezes na micro janela do avião para apreciar aquela coisa rachada no chão. Realmente lindo! Chegando em Los Angeles, pra variar, a mesma sensação anterior: Como é possível existir tanta gente rica em tão pouco espaço. Saindo de Los Angeles, mais seis horas de vôo. A essa altura as minhas costas, o meu pescoço e... bom, meu corpo todo já clamava por uma cama. Porém, ao chegar no Havaí, a tensão toda acabou valendo a pena. Depois de sobrevoar horas e horas o oceano pacífico sem um único sinal de uma vivalma, aparece bem a nossa frente uma ilha... pausa... GIGANTE! Sério, no mapa parece pequeninha. Mas a ilha do Havaí é Gigante! Bom, pelo menos pra mim pareceu. As prais então: Azuzinhas! Não vejo a hora de pular de barriga nelas. O aeroporto parecia de... Na verdade não sei o que parecia, mas era como nenhum outro. Quando desci, uma asiática, para ser mais específico, sul coreana, olha pra mim e pergunta: Você é brasileiro? Meio sem jeito, respondo que sim e descubro que a "sul coreana" era, na verdade, uma brasileira de Curitiba. Mordi minha língua por dizer que nem os brasileiros me reconhecem como tal. Cometi o mesmo erro. Mas começamos a conversar e logo logo tive aquela estranha sensação de me sentir em casa! O clima úmido, o calor, e por incrível que pareça, conversando em portugês. Os vários alunos da Universidade, foram para a van que nos traria até o campus. No caminho fui conversando mais um pouco com o pessoal e apreciando a vista. Diferente de qualquer outra. Em um lado da rua, o solo parecia desértico, no outro tinham flores e plantas de todos os tipos. Muito bonito. Quando tiver fotos mostro pra vocês. Cheguei, fiz os procedimentos iniciais e fui comer. Hambúrguer e batata frita. Acho que era sobre isso que eles queriam dizer no manual do aluno sobre: A alimentação será basicamente comida típica americana. Depois do dinner, aproveitei pra conhecer alguns brasileiros que também estavam na base. Uma delas, inclusive, eu já havia conhecido pessoalmente no Brasil antes de vir pra cá. A outra, nada mais nada menos do que Bráulia Ribeiro. (Tali e Rafa, já falei pra ela que vocês querem conhecê-la pessoalmente). Depois do jantar com vista pro mar, fui arrumar as coisas no quarto. Tomei um banho que jamais vou esquecer. Nem eu aguentava mais o meu cheiro depois de 36 horas nesse processo de viagem. Agora, com todas as roupas no armário e deitado na minha cama escrevendo pra vocês, estou pensando seriamente em dormir. Já me avisaram que a escola que eu estou fazendo, é uma das escolas de segundo nível mais puxadas aqui da universidade. (um minuto de silêncio). Bom, mas quem tá na chuva é pra se molhar! Ou melhor, quem está no Havaí é pra estudar. Eu sei que foi idiota, mas rimou. Estão no meu quarto mais três pessoas: Um camarada de New York, um da Nigéria e um de Buenos Aires... Estou sentindo que vai ser um tempo, com o significado mais clichê da palavra: INESQUECÍVEL!

Acompanhem aqui as minha peripécias. Sempre que conseguir vou atualizar o blog com notícias úmidas e quentinhas do paraíso (como eles chamam o lugar).

Chá de aeroporto...

Ainda nem saí do Brasil, mas só esse chá de aeroporto já foi suficiente para me deixar cansado. Meu vôo vai primeiro para Nova Iorque, depois faz escala em Los Angeles e só depois, finalmente, Havaí. Não me perguntem o porque dessa volta desnecessária, mas é assim que funciona =/ Bom, vamos ao dia de hoje. Depois das frustradas tentativas de dormir nos minúsculos bancos das salas de espera, meu pescoço já está gritando por uma cama. Outro que também estava gritando era o bolso. Jantei pão com hambúrguer seco, mas paguei por um banquete. Enfim, se o estômago pede tem que obedecer. Além de toda a espera, ainda tive a engraçada experiência de mais uma vez ser confundido como estrangeiro. E o pior, pelos meus próprios compatriotas! Mas foi até engraçado ver a mulher tentando se comunicar com gestos, apontando o final da fila para estrangeiros. Depois de perceber, que eu, mesmo insistente continuei na fila de brasileiros, ela me dá um olhar fulminante como quem pensassse: Esses gringos são teimosos!. Pra não cansar a coitada fui obrigado a confessar: Moça, eu sou brasileiro. Pronto, a vida dela continuou tranquila e ela me deixou em paz na fila que eu tinha direito de ficar. Mas tirando o cansaço, as crises de nacionalidade e as facadas no peito, até que esse tempo de espera foi produtivo. Mentira, não foi não. Mas pelo menos daquizinho a pouco meu avião chega e daí sim vou poder dormir com um pouco mais de dignidade...

...Acho que vou dar mais uma encostadinha naquele banco duro e frio ali do canto até o avião chegar.