segunda-feira, 16 de novembro de 2009

De volta ao lar!

Depois do exaustivo trabalho durante a romaria do Pe. Cícero, retornamos à base do Crato, onde desfrutamos do nosso merecido dia de folga com mangas colhidas direto do pé, sombra e água fresca! As atividades, em quase todos os dias começavam cedinho e estendiam-se até a madrugada. O trabalho resumia-se em distribuição de água durante as manhãs, e sopão durante a madrugada. Durante o sol da manhã escaldante, a multidão de romeiros preenchia cada espaço das ruas estreitas e das barracas montadas com artigos religiosos. Durante a noite, a cidade parecia fantasma, dando espaço somente para a sujeira e para os vários romeiros de semblante sofrido que dormiam amontoados nas calçadas ou em redes improvisadas nos ‘’paus-de-arara’’. O pensamento que me vinha a cabeça era: Alguma coisa está errada. As pessoas, ao invés de celebrarem a vida e a sua fé, estampavam nos seus rostos sofrimento e dor. A equipe da JOCUM, também não era bem vinda na cidade. Os padres não cansavam de avisar ao povo a não aceitarem a água e o sopão que distribuímos, utilizando alguma desculpa religiosa não justificável com medo de que os fiéis abandonassem a sua fé. Lembro de um dos comentários que ouvimos de um dos romeiros: ''Não entendo porque o trabalho de vocês é tão criticado, sendo que são os únicos que nos ajudam de alguma forma durante esse tempo.’’ Nossa equipe foi instruída a não questionar em hipótese alguma a fé do povo. Nosso propósito não era gerar discussão e discórdia, mas sim levar amor e alegria. E eles receberam com muita gratidão.












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