domingo, 13 de junho de 2010

Quase lá!

Graças a ameaça pública feita pela minha irmã no Orkut, resolvi tomar vergonha na cara e desempoeirar esse prisócolis (Não me pergunte, não sei o que significa. Acabei de inventar)

Com tanta coisa em tão pouco tempo, fica difícil saber por onde começar. Mas prometo tentar não ser superficial.
Bom, lembro que no último post, anos luz atrás, comentei sobre a experiência de dirigir meu primeiro projeto.Enfim, o feedback foi super positivo, o que me deu a energia que eu precisava para o próximo projeto, que por sinal, merece um parágrafo separado:

Parágrafo separado: Depois de dirigir a comédia com a Miriam e o Hanniel, dois alunos da escola de atores (escola que acontece paralelamente a escola de cinema), me entusiasmei com a experiência. Nessa última semana, nosso professor contou algumas das suas histórias como dublê, ator e diretor em Los Angeles. Um dos seus exemplos, inclusive, contribui para que eu entendesse qual é, de fato, o papel do diretor. Imaginem um barco. Toda a tripulação sabe o seu destino final e a rota que têm de tomar. Porém, no caminho, pequenos ajustes precisam ser feitos para que o barco não perca o controle, certo? Quem controla a vela, não é o diretor. Quem mantém o barco limpo e organizado e com comida para a tripulação também não é o diretor. Ele, porém, deve estar seguro de que a tripulação está na rota correta, mesmo ciente que pequenos imprevistos sempre acontecem. Fica bem mais simples com o exemplo, né? Enfim, o diretor não tem controle absoluto do que acontece no filme, isso é impossível. Cada indivíduo envolvido na produção de um filme tem uma história de vida, que de alguma forma afeta o resultado final. Isso é ruim? Não, de forma alguma. A diferença é que ele carrega um pouquinho de cada pessoa envolvida. Ou seja, é um trabalho em grupo. Enfim, achei tudo isso bastante interessante. Aquela idéia de que o diretor deve ser um tirano e Deus absoluto simplesmente não funciona. Muitas vezes, o diretor deve dar liberdade o suficiente para que assim ele possa ter controle da direção. Mas deixa eu voltar aonde tinha parado. O PROJETO. No último sábado, terminamos a gravação do maior projeto da escola. A turma foi dividida em equipes de 4 e 5 pessoas. Cada equipe, teve que gravar os projetos de todos os integrantes. Por exemplo: Na minha equipe tinham dois canadenses, duas americanas e um brasileiro muito gente boa (eu, a propósito). Cada um dirigiu o próprio projeto e delegou funções para os outros integrantes. Eu fui o diretor do meu próprio curta, operador de som em mais dois e diretor de fotografia no restante. É por esse motivo que essa semana foi tão intensa. Todo o processo de pré produção foi muito "AHHHHH!" exatamente, essa é a palavra (ou melhor, efeito sonoro) que escolhi para explicar como foi esse processo: "AHHHHH!". Entendeu, né camarão? (de novo essa história de camarão???). Algumas tarefas que são incluídas na pré produção, são: Planejamento de locação, lista de cenas, storyboard e mais um bocado. O restante acontece na produção e na pós produção. As gravações aconteceram de forma relativamente boa. Pelo menos ninguém matou ninguém, o que já é algo muito bom. Um pouco de stress sempre acontece, é claro. Mas nada que comprometa o ritmo do trabalho. Enfim, gravei o meu em dois dias e aprendi muitas coisas: Primeira: É difícil dirigir crianças. Trabalhei com oito delas no set, já que uma das cenas acontecia em um orfanato. Elas são incontroláveis! Graças a Sarah, que foi minha primeira assistente de direção, meu couro foi salvo. Ela dirigiu as crianças enquanto eu estava com o foco nos protagonistas. Mesmo assim, durante algumas cenas, uma ou duas escapavam do controle dela e se agarravam que nem macaquinhos na grade do "orfanato". Mas confesso que me diverti muito =) Segunda: Tudo pode acontecer! Durante minha gravação começou a chover e as crianças começaram a ficar cansadas. E agora? Se vira! A propósito, como já mencionei em outro post, descobri há um bom tempo que não adianta ser quadrado. Mas, fico feliz pelo processo de pré produção. Dizem que cada minuto mal gasto na pré-produção, consomem 15 minutos na produção. Portanto, nada como boas horas gastas no planejamento.

Para o próximo e último projeto, apenas 4 curtas serão produzidos. Fico feliz que fui um dos alunos selecionados! Ehh, uhuul, viva! (ok, parei). Fiz dupla com um camarada canadense, em um projeto que tem como tema a fé (de uma forma bem pouco convencional). O projeto é bastante conceitual e se passa em um quarto. O quarto representa a mente do protagonista, que tenta desesperadamente escapar da prisão que ele mesmo criou. Confuso? Nem tanto. Acho que vai ficar mais fácil quando eu postar o projeto pronto =) Mas até lá, vamos ter uma semana intensa de produção. Ah, a propósito, nossa escola termina em duas semanas e meia, dá pra acreditar?

Família: Tali, meu amigo disse que vc me ligou... Bom, pelo menos o número funcionou, né! Mãe, pai e mano, quero ver se ligo esse final de semana.
Rafa: 1 ano e 3 meses hoje! Sim, eu lembrei =) I love you, baby! No matter what! Actually, I love you more than ever...

2 comentários:

  1. Legal os coments e tudo o mais. Gostei e dei risadas como sempre. Mas nem uma fotinho? Farofou geral mi hermano. Decepciones. Eu quero fotos =0)

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